“Toda vocação sacerdotal é um grande
mistério, um dom que supera infinitamente o homem” (São João Paulo II).
São João Paulo II nos exorta para pensarmos na
vocação sacerdotal enquanto um mistério. Ela nasce, antes de tudo, no coração
de Deus e, posteriormente, é transplantada àquele que será o futuro sacerdote.
No entanto, o discernimento vocacional perpassa por um compreender a vontade de
Deus e dá a Ele livre acesso, além disso, é necessário também estar disposto a
viver a vocação, enquanto chamado de Deus. “Não são os vocacionados que escolheram a
Cristo, mas sim foi Cristo quem, de uma maneira especial, escolheu-os para que
vão por todo o mundo e levem frutos de santificação e de autêntica vivência
cristã, e para que todos os frutos permaneçam como um sinal clarividente da
intervenção divina (Cf. Jo 15,16)” (Redação CN).
“Toda
vocação exige sempre um êxodo de si mesmo para centrar a própria existência em
Cristo e no seu Evangelho” (Papa Francisco). Portanto, o sacerdócio é um doar-se a Deus
nos irmãos. Sobre isto, nos fala São João Maria Vianney “o sacerdote não é sacerdote para ele mesmo. Não dá absolvição a si
próprio, não administra a si próprio os sacramentos. Não está para ele, está
para vós”. Em outras palavras, o santo nos condiciona a pensarmos no
sacerdócio enquanto um serviço. Um dom que possibilita um sair de si mesmo para
viver a plenitude do amor de Deus.
Assim, neste buscar a vontade de Deus, o padre
Laudimar, chanceler da Diocese de Serrinha e administrador da Área Pastoral
Nossa Senhora das Graças, no distrito de Bandiaçu, município de Conceição do
Coité, estado da Bahia, partilhou um pouco de sua experiência com o sacerdócio,
a partir do momento que recebeu o chamado a esta vocação. Segundo ele “no dia de minha crisma, meu coração exultou
de alegria e uma inquietude tomou conta de minha alma. Precisei voltar para a
Igreja pela tarde, sentei no jardim defronte à Igreja e apenas contemplava a
Igreja” (Padre Laudimar).
É apaixonante pensar o agir de Deus na vida desse
sacerdote que soube se abrir à unção do Espírito Santo no sacramento da Crisma
e sentiu inflamar o desejo de ser inteiramente do Amado. No entanto, anterior a
esta experiência, sua trajetória na Igreja iniciou na infância, pois é oriundo “de uma família católica praticante, que
sempre teve o compromisso de celebrar o Amado Jesus dominicalmente. Com certeza
essa experiência de fé influenciou no discernimento de minha vocação, pois o
encontro com Jesus na Eucaristia sempre me fez e me faz refletir melhor minha
vocação” (Padre Laudimar).
É necessário ressaltar, a importância da família
enquanto alicerce das vocações. É na família que o chamado de Deus se confirma
enquanto propósito de uma vida na busca pela santidade. É por meio da família
que as vocações se constituem enquanto verdadeiros serviços ao Amado. “A família é a vocação natural dos seres humanos. As demais
vocações são específicas e especiais e não poderiam existir não fossem famílias
generosas a oferecer seus membros em vista de um bem comum” (Dom Orani
Tempesta).
O sacerdócio é um moldar-se na experiência de
servir. E neste trilhar o caminho da santidade na vocação sacerdotal, o padre
afirma que o Senhor o molda “revelando a
minha indignidade diante da escolha de Deus, diante de Sacramento tão sublime
em uma vida tão pequena e indigna, pois me faz perceber como a lógica de Deus
ultrapassa qualquer limitação humana e me faz sentir-me amado e provocado a
ofertar-me em minha pobreza” (Padre Laudimar).
As palavras do sacerdote fazem-me recordar da
música Infinito amor, da Comunidade Católica Shalom: “Em Seu infinito
amor o Pai quis escolher; Almas esposas para
o Seu Divino Filho; E para isto não escolheu as melhores, as mais belas; Mas a
fim de manifestar a Sua glória e o Seu poder; Resolveu
escolher as mais pecadoras, as mais fracas, os
vasos de argila; Para ai realizar Sua grande obra. Para ai realizar Sua grande
obra. Toda glória pertence assim
Àquele que nelas tudo realizou.” Aprendamos, pois, a sermos estes vasos de argila
que esperam pelo moldar de Deus e permitamos o fazer da Sua vontade em nós.
“Senhor
da messe e Pastor do rebanho, faz ressoar em nossos ouvidos o Teu forte e suave
convite: ‘Vem e segue-me’!
Derrama sobre nós o Teu Espírito, a fim de que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir a Tua voz.
Senhor, que a messe não se perca por falta de operários.
Desperta as nossas comunidades para a missão, ensina a nossa vida a ser serviço, fortalece os que querem se dedicar ao Reino na vida consagrada e religiosa.
Derrama sobre nós o Teu Espírito, a fim de que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir a Tua voz.
Senhor, que a messe não se perca por falta de operários.
Desperta as nossas comunidades para a missão, ensina a nossa vida a ser serviço, fortalece os que querem se dedicar ao Reino na vida consagrada e religiosa.
Senhor,
que o rebanho não pereça por falta de pastores.
Sustenta a fidelidade dos nossos bispos, padres e ministros.
Dá perseverança aos nossos seminaristas, desperta o coração dos nossos jovens para o ministério pastoral na Tua Igreja.
Sustenta a fidelidade dos nossos bispos, padres e ministros.
Dá perseverança aos nossos seminaristas, desperta o coração dos nossos jovens para o ministério pastoral na Tua Igreja.
Senhor
da messe e Pastor do rebanho, chama-nos para o serviço do Teu povo.
Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder ‘sim’. Amém.”
Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder ‘sim’. Amém.”
(Manuela
Evangelista – Minions Católicos)
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