O inimigo não mora ao lado. O inimigo mora dentro!

Há de se fazer uma constatação irrefutável: o diabo existe. Sim! E é necessário falar sobre ele. Sobretudo: é necessário discutir sobre ele. Vivemos num constante embate entre céu e inferno e cabe a nós escolhermos praticar ações que provém do alto e que nos levem ao alto. Como diz Paulo aos Colossenses: “buscai as coisas do alto”. Porém, para buscarmos o que vem do alto é necessário distinguir o que de fato é digno do céu e o que de fato é atitude infernal.
Na Igreja temos a pretensão de acharmos que o diabo não nos atinge, que estamos imunes, uma vez que vivemos em constante presença física e constante participação no ambiente religioso. Porém, estamos enganados! Chame do que quiser: Diabo, Encardido, Imundo, Coisa ruim ou qualquer outra denominação. Mas ele existe e está em todos os lugares. Inclusive onde menos esperamos. Temos a presunção de acharmos que o diabo é como um cãozinho que está amarrado preso num canil. No entanto, embora existam diversas placas dizendo: “Cuidado, cão bravo” nós insistimos em nos aproximarmos desse cão amarrado e passar a mão no sentido de brincadeira. Depois, nós levamos uma mordida e reclamamos que Deus não nos “livrou do mal”. Não adianta estarmos fisicamente nas Igrejas se a Igreja não está dentro de nós.
O diabo existe! O Catecismo da Igreja Católica, a partir do seu número 391, afirma sobre sua existência. A Igreja Católica claramente nos ensina desde o IV Concílio de Latrão de 1215 que o diabo existe sim. E que tudo foi criado por obra de Deus, inclusive o diabo. Originalmente, os demônios eram anjos bons. No Novo Testamento, por no mínimo, 511 vezes é feita menção ao demônio. E é preciso estuda-lo para não temê-lo. E é a vitória de Cristo sobre Satanás que nos faz crer que poderemos também vencê-lo e optar por ações que nos levem ao céu.
O homem que tende a não acreditar na existência do demônio também tende a ser escravo dele. Ser escravo do dinheiro, dos vícios, dos pecados, da traição, do álcool e das ações diabólicas. Diabo, em sua raiz etimológica, vem de diabolôs, originada do latim, e significa aquilo que divide, aquilo que promove divisões. Ou seja, ações diabólicas são aquelas ações que frequentemente promovem fissuras, divisões, desuniões. E, infelizmente, estamos repletos de atitudes diabólicas em diversos lugares, inclusive dentro de nossas igrejas.
Promovendo atitudes contrárias à fraternidade e à unidade, promovendo atitudes contrários ao amor ao próximo tão pregado por Cristo, promovendo literalmente exclusões quando deveríamos promover a partilha e a inclusão. Estamos lutando individualmente quando deveríamos promover a paz e a união, estamos pensando mais no nosso grupo, pastoral, movimento e serviço ao invés de pensarmos mais na unidade da igreja e no bem comum. Pensamos mais no dinheiro do que em ações que promovem o bem e levem Cristo ao próximo.
Temos a pretensão de acharmos que venceremos o mal com nossas próprias forças e só porque “vamos à missa” estamos libertos de todo mal e de ações corruptíveis e diabólicas. Mas não! Se não buscarmos as coisas do alto, se não agirmos segundo à vontade de Deus e sendo guiados pelo Espírito Santo, não estaremos imunes à maldade. Seja fiel, seja promotor do céu, seja do alto! Busque o reino de Deus e sua justiça e tudo mais será acrescentado! Não tenha atitudes diabólicas, nem fora da Igreja, nem sobretudo dentro da Corpo do Cristo, a nossa mãe em fé e espiritual, a Igreja.


(Wesley Fernandes Fonseca – Minions Católicos)

Comentários