“Disse-lhe
Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja
morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crês
nisto?”
Caros correspondentes
em Cristo, hoje o texto é especial, parte dele veio das orações da manhã que
fazemos na nossa capela virtual. Sim os Minions Católicos rezam! :)
Hoje a Igreja celebra
com muito carinho a alma de todos os fiéis defuntos, de todos aqueles que
faleceram, que morreram, mas que creem na Vida de Cristo e, na Vinda de Cristo,
portanto na Ressurreição dos mortos, cremos no “Senhor Deus, o Dominador, o que
é, o que era e o que deve voltar” (Ap 4:8c)
Caros correspondentes
em Cristo, de um modo todo especial, pedimos a Deus por aqueles que aquecem
nossa memória com boas (e más recordações) e hoje não estão mais conosco. Cremos
que todas as almas estão em oração contínua, para poderem ir para morada
celeste[1], mas
antes estão no lugar que a todos é destinado, O Purgatório[2].
E mesmo para aqueles que
pensem, que a pessoa que faleceu e que você tem tanta estima, sendo que ela não acreditava em
Deus, ou não praticava seus ensinamentos, não se aflija, pois: "Cristo,
esperança do perdão, quando nos fere a dor da morte, a vós se volta o
coração"[3].
Por tanto Acreditamos que todos aqueles que faleceram, mesmo aqueles que não
tiveram a oportunidade de conhecer verdadeiramente a Cristo e pôr em prática
suas obras podem ser assistidos pela graça e misericórdia eterna.
São João Crisóstomos, nos
ensina: "Levemos socorro e celebremos sua memória, se os filhos de Jó
foram purificados pelo sacrifício de seu pai, então não duvidemos que nossas
oferendas sejam consolo para os mortos. Não hesitemos em socorrer os que
partiram e oferecer nossas orações para com eles"[4]. E
o que devemos oferecer? “Devemos oferecer um sacrifício de ação de graças” (Sl
49/50:14). E “São verdadeiros sacrifícios as obras de misericórdia para conosco
mesmo ou com o próximo feitas por causa de Deus”[5].
A Sétima Obra de Misericórdia
Corporal é: “Enterrar os mortos.”. E a Sétima Obra de Misericórdia Espiritual é
“Rezar a Deus por vivos e defuntos.”[6]
Por tanto é nosso Dever assistir os que morrem no rito de passagem – Velório,
Exéquias e Sepultamento. E devemos rezar pela alma deles e consolar os que o amavam!
Na Misericórdia que a Igreja nos ensina devemos considerar que: “Da morte como pena,
libertai-me, e minha língua exaltará vossa justiça! Meu sacrifício é minha alma
penitente! (Sl 50/51, 16; 19b), pois acreditamos que "para quem desce à
sepultura é terminada a esperança em vosso amor sempre fiel". (Is 38: 18b).
“Desta afirmação podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas no
século presente e outras no século futuro[7]”
Por isso rezamos para
que os mortos recebam indulgências[8], a
fim de redimir o tempo das almas do purgatório.
A Santa Mãe Igreja recomenda que todos rezem pelos fiéis falecidos, aos
que forem em igrejas, oratórios públicos ou semi-públicos, pois aos falecidos
(somente aos defuntos) serão concedidas indulgências[9]. Aos
que forem ao cemitério e rezar pela alma do seu ente querido entre 1 à 8 de novembro
lhe será aplicado Indulgência Plenária a cada dia de visita[10].
A Dor do Luto
A
Dor do luto está para nós colocadas em cinco estágios[11]:a
NEGAÇÃO: Quando não aceitamos e não queremos entender a morte daqueles que
amamos. A REVOLTA, aqui é um estágio muito perigoso, pois nos revoltamos contra
Deus muitas vezes, o culpando pela morte de quem amamos e se foi tão cedo.
A
NEGOCIAÇÃO, outro estágio perigoso, pois muitos começam a testar a Deus, pedindo
para trazer a pessoa da morte, ou impedir que um enfermo faleça, começamos a
apontar que somos merecedores dessa Graça. E nesse estágio muitos perdem a Fé,
pois vão a procura de outras soluções para preencher a ferida da morte,
procurando doutrinas não cristãs (até mesmo por simpatias e brincadeiras), para
comunicar-se com os mortos.
A
TRISTEZA/MELANCOLIA. Nesse estágio a Pessoa se “entrega” e não vê sentido em mais nada, não
consegue vencer sua mente e sua memória. A dor da ausência é enorme e não se
preocupa com nada mais e, é péssimo pois deixa a Esperança ruir.
A
última etapa é ACEITAÇÃO, é nessa etapa que com pesar conseguimos tentar nos
recompor e crermos com mais FÉ em Deus e suas promessas.
Assim possamos pedir
que o Senhor possa curar e restaurar, todos aqueles que foram "feridos
pela morte", todos aqueles que sentem um pesar profundo com a morte de um
pai, de uma mãe, dos avós que sempre estavam com olhares afetivos, ou severos. Por
aquele amigo querido, companheiro que se foi tão cedo. Por aquele sacerdote,
religiosa, frei ou bispo que tanto admirávamos. Aquele professor que era um
mestre. Aquela tia alegre. Aquele irmão companheiro. Ou para aquela pessoa
especial, que você achou que não amou ou demonstrou seu amor o suficiente,
compartilho com vocês a oração de Santo Agostinho:
A MORTE NÃO É NADA
"A morte não é
nada. Apenas passei ao outro lado do mundo. Eu sou eu. Você é você. O que fomos
um para o outro, ainda o somos. Dá-me o nome que sempre me deste. Fala-me como
sempre me falaste. Não mudes o tom a um triste ou solene. Continua rindo com
aquilo que nos fazia rir juntos. Reza, sorri, pensa em mim, reza comigo. Que o
meu nome se pronuncie em casa como sempre se pronunciou, sem nenhuma ênfase,
sem rosto de sombra. A vida continua significando o que significou: continua
sendo o que era. O cordão de união não se quebrou. Por que eu estaria fora dos
teus pensamentos, apenas porque estou fora da tua vista? Não estou longe,
somente estou do outro lado do caminho."
E tenham muita
esperança, pois a ESPERANÇA é para todos, como diz o Apóstolo: "Pela
Esperança, FOMOS Salvos" (Rm 8:24). Então tenham Esperança para vocês e
por aqueles que faleceram, pois cremos que nosso coração penitente, piedoso,
que ora pelas almas dos que partiram, para que encontrem junto conosco a
Salvação.
"Esperando,
esperei no Senhor, e inclinando-se, ouviu meu clamor. Retirou-me da cova da
morte" (Sl 39/40, 2-3a), Então "Se Jesus morreu e ressuscitou – e
esta é a nossa fé – de modo semelhante Deus trará de volta, com Cristo, os que
através dele entraram no sono da morte" (1 Ts 4:4). E como diria o padre
Marcelo, "SAUDADE SIM, TRISTEZA NÃO!" Que o senhor nos conceda a
graça de crermos e esperarmos, "pois Deus não se alegra com a morte de
ninguém" (Ex 18:32)
São Miguel, a quem o
Senhor incumbiu de receber as almas que estão no Purgatório, rogai por nós.
Ah, e para aqueles que
tem um medo pavoroso da morte possam dizer: "Dai-me senhor, uma noite
tranquila e no fim da vida uma santa morte" (Santo Inácio de Loyola). E
até a próxima!
Oração pelos Defuntos[12]
Ó Deus dos espíritos e
de toda a carne, que vencestes a morte, aniquilastes o diabo e destes a vida ao
mundo; Vós, ó Senhor, concedei à alma do Vosso servo N. (____) defunto o
descanso num lugar luminoso, num lugar verdejante, num lugar de frescura, onde
não há sofrimento, dor e gemidos. Porque sois um Deus bom e misericordioso,
perdoai toda a culpa por ele cometida em palavras, obras ou pensamentos, uma
vez que não há homem que não peque, que só Vós sois sem pecado, a Vossa justiça
é justiça eterna e a Vossa palavra é a verdade. Vós que sois a ressurreição, a
vida e o repouso do Vosso servo N. (____) defunto, ó Cristo nosso Deus, nós Vos
damos glória, em comunhão com o Vosso Pai ingênito e com o Vosso santíssimo bom
e vivificante Espírito, agora e sempre e pelos séculos dos séculos. Descanse em
paz. Amém.
“Ele indica ainda o
caminho para além da morte; só quem tem a possibilidade de fazer isto é um
verdadeiro mestre de vida” (Bento XVI)[13].
Derlei Andriotta - Minions Católicos
[1] (Gregório
Magno) Sermões
[2] A Igreja desde
os séculos V e VI acreditavam que haviam um lugar para aqueles que pudessem
diminuir a pena de seus pecados. Principalmente tendo por bases inúmeros texto
dos profetas e os salmos. Todavia a elaboração definitiva sobre o Purgatório
foi nos dada no Concílio de Florença e no Concílio de Trento. Conferir C.I.C.
1030 – 1031.
[3] (Liturgia das
Horas) oração da Laudes dia de todos os fiéis defuntos
[4] (São João
Crisóstomos) Sermões
[5] (Santo Agostinho)
Cidade de Deus
[6] (Bento XVI) Compêndio
do Catecismo da Igreja Católica
[7] (São Gregório
Magno) Sermões
[8] (Beato Paulo
VI) Constituição Apostólica: Doutrina das Indulgências
[9] (Beato Paulo
VI) Constituição Apostólica: Doutrina das Indulgências
[10] (Beato Paulo
VI) Constituição Apostólica: Doutrina das Indulgências
[11] (KÜBLER-ROSS,
E.) Sobre a morte e o morrer. Martins Fontes,
[12] (Bento XVI)
Compêndio do Catecismo da Igreja Católica
[13] (Bento XVI) A
Esperança Cristã
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