"A vossa felicidade não tem preço, nem se comercializa. Não é um
aplicativo que se descarrega do celular, nem a versão mais atualizada vos
poderá ajudar a tornar-vos livres e grandes no amor” (Papa Francisco, em 24 de
abril de 2016)
Olá, pessoal! Hoje,
acredito que no mundo todo, está acontecendo a tal famosa “Black Friday”.
Se você nunca ouviu falar
esse termo, a “Black Friday” é uma tradição, provavelmente, norte americana,
que dá início à temporada de compras antes do Natal. Sempre acontece na última
sexta-feira de novembro e se dá depois do dia de Ação de Graças (Thanksgiving
day), que é um feriado tradicional dos Estados Unidos. No dia de hoje, muitas
lojas americanas colocam seus produtos em promoção.
Hoje em dia, a “Black Friday” se espalhou pelo
mundo, e já faz alguns anos que aqui no Brasil as lojas também lançam seus
descontos. Até surgem algumas polêmicas em torno dos falsos descontos (produtos
pela metade do dobro hahaha). Já tem pelo menos duas semanas que eu ando
recebendo e-mails falando sobre promoções, descontos. É de encher os olhos e,
não vou mentir, dá vontade de gastar o 13º todinho. Mas o que há de mau nesse
consumismo todo?
Já comentei com vocês que
nos últimos anos tem crescido a cultura do descarte, do provisório e tudo isso
tem a ver com a nossa cultura consumista. Temos tudo na mão, a um clique e que
possuem pouca vida útil. Estamos sendo o tempo todo estimulados a ter o modelo
mais novo, mais potente, mais atualizado. As coisas se atualizam com um piscar
de olhos. O que era moda ontem, já não é mais amanhã.
Devido às redes sociais,
tem-se uma necessidade enorme de mostrar o que possui. Conheço pessoas que mal
tem o que comer, mas estão “ostentando” em fotos seus celulares de última
geração, caríssimo. O valor da pessoa deixou de ser medido por quem ela é, pelo
seu caráter e passou a ser o que ela veste, o que ela possui. E, vocês já
notaram quanta gente infeliz e vazia tem ao nosso redor?
Não é pecado nenhum você
possuir coisas boas, de última geração. O pecado está no fato de depositar a
sua felicidade em um item que foi feito para ser descartável, que foi feito
para ser trocado. O pecado está também em fazer do outro um bem de consumo,
como alguém que foi feito apenas para dar prazer.
No ano passado, em uma
missa celebrada em Santa Marta, Papa Francisco dizia aos jovens que não estava
feliz com a cultura do consumismo, do narcisismo. O Pontífice animou os jovens
a entregar suas vidas pelo Evangelho: “Rezem
ao Espírito para que os dê força para ir longe, para ‘gastar a vida. É uma
palavra um pouco dura, mas a vida vale a pena ser vivida. Mas, para vivê-la
bem, ‘gastá-la’ no serviço, no anúncio, e ir avante. Esta é a alegria do
anúncio do Evangelho” (Papa Francisco, em 10 de maio de 2016).
Assim como está escrito
no início do texto, a nossa felicidade não está nos bens: “Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e as traças
corroem, onde os ladrões furtam e roubam” (Mt 6, 19). É necessário que
busquemos as coisas do alto: “Ajuntai
para vós tesouros no céu, onde não os consomem nem as traças nem a ferrugem, e
os ladrões não furtam nem roubam” (Mt 6, 20). O pedido do Papa Francisco aos
jovens que eu citei logo acima, se repete para nós no dia de hoje. É necessário
que gastemos a nossa vida pelo Evangelho, é necessário que busquemos realizar a
vontade de Deus: “Buscai em primeiro
lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em
acréscimo. Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá
as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado” (Mt 6,
33-34).
Que possamos lutar contra
essa cultura do consumismo, a cultura do descarte e peçamos a graça de Deus
para que possamos viver conforme o que Ele nos pede. Abramos os nossos corações
para que Jesus Cristo ordene tudo o que nos afasta d’Ele, para que Ele cure o
que ainda é mau e o que nos incapacita de amar da forma verdadeira.
Que Deus nos abençoe!
Quero corresponder
Com a oferta do meu viver
Ao apelo de deus em meu coração
A humanidade a chorar, sofrendo a esperar
Que o meu canto, que o meu grito,
Se faça escutar
Quero ofertar minha vida,
Gastar os meus dias,
Minha juventude, por amor,
Por que o meu perfume não se espalhará
Se não se derramar, por amor a Deus
Quero ofertar minha vida,
Gastar os meus dias,
Minha juventude, por amor
Pela igreja, pelos jovens, pelos homens,
Me consumirei,
Pela igreja, pelos jovens, pelos homens,
Cada dia hei de viver,
Pela igreja, pelos jovens, pelos homens,
Me consumirei,
Pela igreja, pelos jovens, pelos homens,
Minha alegria e o meu sofrer,
Pela igreja, pelos jovens, pelos homens,
Por cada um eu ei de viver,
Pela igreja, pelos jovens, eu me oferto
(Oferta – Missionário Shalom)
(Mariana
Neves – Minions Católicos)
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