Queridos irmãos em
Cristo, o evangelho de hoje nos traz mais uma vez uma sábia reflexão. Essa vem
com três aspectos relacionados a oração: o significado da oração diante da
nossa fé em Deus, como a oração se faz presente na vida de cada pessoa e a
nossa perseverança nela.
Jesus nos mostra a
parábola da viúva e do juiz, o qual era uma pessoa extremamente injusta, ele
não tinha temor a Deus e não respeitava “os homens”. Nunca se importou com a
pobre viúva que sempre o procurava em busca de justiça, até ceder, não por ter
cometido justiça, mas sim na intenção de se livrar da perturbação da viúva.
Desta situação, Jesus
nos mostra uma lição: muito diferente desse juiz, Deus escuta as súplicas dos
filhos que a Ele recorre com fé.
Não devemos jamais
deixar o cansaço nos vencer e perder a coragem de orar, e se em alguns momentos
a exaustão nos consumir, devemos pedir ajuda aqueles irmãos que sabemos que
farão oração por nós, e talvez não sejam atendidos os nossos pedidos, pois o
Pai que tanto nos ama preparou outros pedidos para nós, que, com certeza, eram
mais necessários do que aqueles que havíamos feito.
Como está a nossa
oração? Fervorosa, cautelosa… O catecismo da igreja católica nos diz o seguinte
a respeito da oração: “«Se conhecesses o dom de Deus!» (Jo 4, 10).
A maravilha da oração revela-se precisamente, à beira dos poços aonde vamos
buscar a nossa água: aí é que Cristo vem ao encontro de todo o ser humano; Ele
antecipa-Se a procurar-nos e é Ele que nos pede de beber. Jesus tem sede, e o
seu pedido brota das profundezas de Deus que nos deseja. A oração, saibamo-lo
ou não, é o encontro da sede de Deus com a nossa. Deus tem sede de que nós
tenhamos sede d'Ele” (CIC
§2560).
Nessa parábola do juiz
Jesus nos revela a viúva como símbolo de uma pessoa indefesa e desamparada. E a
sua insistência em procurar o juiz por diversas vezes para que a justiça fosse
feita.
Até que chega o momento
em que o juiz acaba cedendo, não porque o seu coração foi transformado, mas
pela perseverança da viúva.
E qual lição podemos
tirar sobre a insistência da viúva? A lição é que devemos persistir na oração
como fez a viúva com o juiz, pois o Senhor nos disse: “E Deus, não fará justiça aos
seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar?
” (Lucas 18,7).
Jesus nos revela nessa
parábola que são por três situações que nossas orações são ouvidas:
·
primeiro
pela bondade e misericórdia que Deus tem por nós;
·
segundo
pelo amor incondicional que Deus sente por nós;
·
terceiro
pela nossa perseverança em orar.
É preciso termos a
humildade em reconhecermos como somos frágeis e necessitamos de uma força
interior.
A oração nos sustenta
em várias e importantes situações, na caridade, na pureza, na hora em que somos
generosos com nossos irmãos, quando a culpa parece nos consumir. Por isso
jamais deixe de orar, nunca passe um dia sem ao menos ter feito uma breve
oração.
A oração é um dever do
cristão, mas também um diálogo íntimo que o cristão pode ter direto com Deus.
Quantas vezes eu te procurei
E as vezes eu até me desesperei
Eu andava procurando pelas ruas sem te ver
Quando dei por mim ao meu lado estavas
Hoje eu sei onde te encontrar
Se eu sou Senhor teu templo Dentro em mim
estás
Nos meus lábios eu só quero proclamar o
Teu louvor
E fazer de Ti Senhor o meu bem maior
A oração me leva a Ti, Tua palavra me traz
a paz,
Teu amor, maior presente, Me faz feliz
demais
A oração me leva a Ti, Tua palavra me traz
a paz,
Teu amor, maior presente, Me faz feliz
demais
O Poder
da Oração - Adriana
E para encerrar a
parábola, Jesus acrescenta: “Mas o Filho do Homem, quando vier, será que
ainda vai encontrar fé sobre a terra? ” (Lc 18, 8).
Será que encontrará fé
semelhante à da viúva? Essa fé refere-se a uma fé concreta, aquela que como
filhos de Deus sabemos o quanto ela se faz importante em nossa vida, pois o
homem pode se fechar para Deus, tentar buscar soluções por outros caminhos, mas
jamais encontrará a luz a qual tanta espera, porque essa, somente Deus pode nos
dar.
A fé é uma consequência
da oração, mas ao mesmo tempo, é a nossa fé que sustenta nossas orações, as
duas precisam caminhar juntas.
Por isso quando oramos,
quando pedimos nos tornamos pessoas melhores.
Santo Agostinho nos
ressalta sobre a oração e a fé:
“Se a fé fraqueja, a
oração perece; pois a fé é a fonte da oração e o rio não pode fluir se o
manancial fica seco”.
Meus irmãos, jamais
esqueçamos do que nos fala o salmo de hoje: “Porque se lembrou da sua
santa palavra, e de Abraão, seu servo. E tirou dali o seu povo com alegria, e os
seus escolhidos com regozijo. E deu-lhes as terras dos gentios; e herdaram o
trabalho dos povos” (Salmo
105, 42-44).
Deus nos fez essa
preciosa promessa, que possamos com gratidão retribuir a Ele, façamos nossas
orações diárias para que nossa fé seja alimentada todos os dias de nossas
vidas.
(Adriana Martins –
Minions Católicos)
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