Caríssimos,
A Igreja necessita de
você. De corpo e alma. Inteiramente. No Evangelho de João, capítulo 4, verso
23, encontra-se escrito que “a hora vem,
e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em
verdade; porque estes são os adoradores que o Pai procura”. Ao lermos, à
luz da verdade, iluminados pelo Espírito Santo este trecho bíblico, temos a
concepção nítida de que o Deus, nosso Pai, está à procura de verdadeiros
adoradores. Ora, se Ele procura os verdadeiros adoradores, há de se entender
também que existem os falsos adoradores. E aqueles que são falsos adoradores,
não são aqueles que o Pai deseja. Pelo contrário, o Pai está desejando
encontrar os verdadeiros adoradores, aqueles que hão de adorar em Espírito e em
Verdade.
Isso nos leva a um
questionamento profundo: quem somos? Somos os verdadeiros ou os falsos
adoradores? Será que somos adoradores por excelência? Será que somos, de fato,
adoradores tal como Deus quer que sejamos? Será que adoramos em Espírito e em
Verdade? Mais ainda: será que sabemos adorar?
A Igreja é rica! A Igreja
não desampara seus filhos. A Igreja é a Mãe. E mãe, em seu ofício e guiada por
seu amor zeloso, ensina seus filhos. Diante disso, a Santa Madre Igreja ensina
seus filhos a adorarem por excelência, para que, desse modo, possamos agradar
ao Pai que está nos céus.
Adorar, em sentido lato não é apenas se prostrar diante do
Santíssimo Sacramento do altar e dizer orações escritas num livro qualquer. É
mais que isso! É render graças ao Senhor e Salvador. É manifestar o quanto você
O ama. É reconhecer o sacrífico salvífico da cruz e dizer a gratidão que jorra
do seu coração diante daquele que morreu, mas que por sua morte, obtemos a vida
eterna. Adorar é rasgar o véu e perceber que diante da hóstia consagrada está o
maior tesouro do mundo. Adorar é cumprir o que está escrito no livro de
Deuteronômio 6,13 e repetido por Jesus em Lucas 4, 8 quando afirma: “Adorarás o Senhor teu Deus, e só a Ele
prestará culto”.
O Catecismo da Igreja
Católica nos afirma que a adoração liberta o homem de se fechar em si mesmo e
da escravidão do pecado. Adorar é sair de nós mesmos e irmos ao encontro
pessoal com Jesus Cristo, aquele que nos amou primeiro. Aquele que nos amou de
tal maneira que morreu em nosso lugar, para que todo aquele que Nele crer, não
pereça, mas tenha a vida eterna (João 3,16). Adorar é seguir o exemplo do
Apóstolo da Eucaristia, do fundador da Congregação do Santíssimo Sacramento e
das Servas do Santíssimo Sacramento, São Pedro Julião Eymard, uma adoração
simples, mas verdadeira. Uma devoção à Jesus sacramentado de maneira ímpar, de
modo reconheça que o remédio para todos os males é Jesus.
É incrível perceber como
não conseguimos silenciar o nosso coração diante da presença do Senhor. Não
conseguimos ficar em silêncio adorando a Jesus Sacramentado por muito tempo,
sem que possamos nos distrair, preocupados com a hora ou olhando para o
celular. Ou ainda, distraímos com a presença de outras pessoas.
Ah, irmãos. Se
soubéssemos a força que há em Jesus Sacramentado não o adorávamos de qualquer
jeito. Se o mundo descobrisse a força que há na presença desse Pão Consagrado,
durante a Santa Missa, e o poder que há na celebração da Eucaristia, seria
necessário colocar policiais na entrada das Igrejas, tal como afirma São Padre
Pio. São João Bosco já dizia: “Quereis que o Senhor vos dê muitas graças?
Visitai-O muitas vezes. Quereis que Ele vos dê poucas graças? Visitai-O
raramente. Quereis que o demônio vos assalte? Visitai raramente a Jesus
Sacramentado”. Eis o segredo! Visitar Jesus e adorá-Lo em Espírito e em
Verdade. Sermos verdadeiros adoradores e não falsos.
Quando vamos visitar
Jesus é incrível como em muitas vezes temos um caminhão de pedidos. Mas não
reconhecemos que a simples presença d’Ele nos basta. Que Ele está ansioso
esperando a nossa presença! Que Ele se alegra quando vamos até Ele!
Santo Afonso já nos dizia
“É incontestável que, entre todas as devoções, a que nos faz adorar Jesus no
Santíssimo Sacramento, é, depois da frequência dos sacramentos, a primeira, a
mais agradável a Deus e a mais proveitosa para nós”. Portanto, devemos adorar a
Jesus no Santíssimo Sacramento e sermos adoradores por excelência.
É claro que devemos
apresentar nossas necessidades, realizar nossas súplicas. Como dizia Santo
Afonso de Ligório: “Oh, que bela delícia
deter-se diante de um altar com fé […] e apresentar-lhe as próprias
necessidades, como faz um amigo a outro amigo com o qual tem toda a confiança!
”. Adorar Jesus no Santíssimo Sacramento é como visitar um amigo e dizer quanto
amor há nesse encontro, quanto necessitado estava desse encontro.
A história nos conta que
diversos santos visitavam diariamente Jesus no Santíssimo Sacramento do altar e
lá permaneciam. E que nessas visitas o coração ardia em fogo e que eles nem
sequer percebiam o passar das horas, como São Patrício, São Domingos, Santa
Isabel de Hungria, Santa Maria Madalena de Pazzi, Santa Clara e tantos outros.
São Pedro Julião nos
ensina como devemos adorar. Afirma que devemos fixar nossos olhares, em
silêncio, em Jesus, a Hóstia Santa, adorando. Afirma que nos primeiros 15
minutos devemos adorar a Jesus com louvores e atos de adoração, rezando também
o Salmo 83. Posteriormente, podemos passar mais 15 minutos em Ação de Graças,
louvando a Jesus com atos de agradecimento. No terceiro quarto de hora pedimos
perdão à Jesus por nossos pecados, nossas faltas e transgressões. Já no quarto
de hora final fazemos nossas súplicas, apresentando nossos pedidos e pedidos
daquelas pessoas que nos recomendaram orações. Esse método é chamado de 4 fins
do Sacrifício e é inspirado na Santa Missa.
Caríssimos, esse é apenas
um dos muitos modelos que podemos seguir para realizar nosso momento de
adoração à Jesus no Sacramento do Altar. Existem outros propostos pela Santa
Igreja, ensinado através dos Santos. Porém, o mais importante, é que o nosso
coração adore em Espírito e em Verdade, é termos um encontro pessoal com Jesus
Cristo. Como disse São Pedro Julião Eymard: “Bem-aventurada a alma que sabe
encontrar Jesus na Eucaristia, e em Jesus Hóstia tudo”.
Que adoremos a Jesus,
nosso Pão vivo descido do céu (João 6,51), o Pão dos Anjos, o Senhor dos
Senhores, o Rei dos Reis, o Altíssimo Jesus Cristo!
Wesley
Fernandes Fonseca – Minions Católicos
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