“Estando
eles ali, completaram-se os dias dela.E deu à luz seu filho primogênito, e,
envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para
eles na hospedaria.” (Lc 2, 6-7)
Boa tarde irmãos e irmãs! A paz de
Cristo e o amor de Maria! Como estão? Quero hoje contar um segredo para você: O
NATAL ESTÁ CHEGANDO!!!! Tempo lindo que é este, não é?! A partir de amanhã,
estaremos em contagem regressiva para Natal e, que tal preparar uma manjedoura
confortável para o menino Jesus em nossos corações?
Hoje vamos falar sobre a novena de Natal
e convido você, meu irmão e minha irmã, a rezar a novena conosco! Você a terá
aqui disponível, mas antes disso, fiz algumas pesquisas e gostaria de lhes
oferecer ainda algumas dicas para realizarem a novena:
1.
Convoque seus
amigos e familiares e os convidem a realizar a novena junto com você.
Organizem-se em relação à local e horário. Tentem fazê-la cada dia em uma casa,
mas se não for possível, não desanime! Encontrem um local confortável e aconchegante.
2.
Decidido local e
horário de todos os 9 dias, distribua essas informações a todos os amigos e
familiares, para que todos possam programar-se diariamente para participar da
novena.
3.
Existem crianças
dentre os participantes? Que bom! Dê a elas tarefas também, para que possam
viver melhor a novena. Essas tarefas podem ser alguma leitura, segurar algum
objeto relativo ao Natal ou quem sabe uma encenação.
4.
Tenham o símbolo
do Natal junto com vocês! Não, não é a árvore, mas sim o PRESÉPIO. Na casa onde
for a novena do dia, tenham presentes junto com vocês o presépio, que simboliza
o motivo da novena.
5.
Dentre os
participantes alguém sabe tocar algum instrumento? Que bom! Incentive a pessoa
a tocar algumas músicas durante o período da novena. Mas, se não houver alguém
que o saiba, selecione as músicas mais conhecidas, e puxe você mesmo a
cantoria.
6.
Oração também é
ação! Proponha um gesto concreto, como doação de alimentos, visita à asilo,
doação de brinquedos. Faça o Natal de alguém feliz!
7.
Não deixe que o
clima de reunião e oração fique vivo apenas na época do Natal. Proponha ao
final da novena algum tipo de reunião nem que seja mensal, como um terço, ou
marquem de irem todos à missa.
A
Novena [1]
1.
Oração inicial
Deus benigno de infinita caridade que
nos amastes tanto e que nos destes em vosso Filho a melhor oferta de vosso
amor, para que, encarnado e feito nosso irmão no seio da Virgem, nascesse em um
presépio para nossa saúde e remédio; vos damos graças por tão imenso benefício.
De volta vos oferecemos, Senhor, o esforço sincero para fazer deste vosso mundo
e nosso, um mundo mais justo, mais fiel ao grande mandamento de nos amarmos
como irmãos. Conceda-nos, Senhor, vossa ajuda para poder realizá-lo.
Pedimos-Vos que este Natal, festa de paz e alegria, seja para nossa comunidade
um estímulo a fim de que, vivendo como irmãos, procuremos mais e mais os
caminhos da verdade, da justiça, do amor e da paz. Amém.
(Rezar um Pai Nosso)
2.
Oração para a família
Senhor, fazei de nosso lar um lugar de
Vosso amor. Que não haja injúria porque nos dais compreensão. Que não haja
amargura porque nos abençoais. Que não haja egoísmo porque nos alentais. Que
não haja rancor porque nos dais o perdão. Que não haja abandono porque estais
conosco. Que saibamos caminhar até vós em nosso viver cotidiano. Que cada manhã
amanheça mais um dia de entrega e sacrifício. Que cada noite nos encontre com
mais amor. Fazei Senhor com nossas vidas, que quisestes unir, uma página cheia
de vós. Fazei, Senhor, de nossos filhos o que desejardes, ajudai-nos a
educá-los, orientá-los pelo vosso caminho. Que nos esforcemos no apoio mútuo.
Que façamos do amor um motivo para amar-vos mais. Que quando amanhecer o grande
dia de ir a seu encontro conceda nos encontrarmos unidos para sempre em vós.
Amém.
3.
Oração à Virgem
Soberana Maria, te pedimos por todas as
famílias de nosso país; faz com que cada lar de nossa pátria e do mundo seja
fonte de compreensão, de ternura, de verdadeira vida familiar. Que estas festas
de Natal, que nos reúnem ao redor do presépio onde nasceu teu Filho, nos unam
também no amor, que nos façam esquecer as ofensas e nos deem simplicidade para
reconhecer os enganos que tenhamos cometido. Mãe de Deus e Nossa Mãe,
intercedei por nós. Amém.
4.
Oração a São José
Santíssimo São José, esposo de Maria e
pai adotivo do Senhor, foste escolhido para fazer as vezes de pai no lar de
Nazaré. Ajudai os pais de família; que eles sejam sempre no lar a imagem do pai
celestial, a teu exemplo; que cumpram a grande responsabilidade de educar e
formar seus filhos, entregando-lhes, com um esforço contínuo, o melhor de si
mesmos. Ajudai os filhos a entender e apreciar o abnegado esforço de seus pais.
São José, modelo de marido e pai, intercedei por nós. Amém.
(Rezar um Pai Nosso)
5.
Meditações
(De acordo com o dia da Novena)
1ª
Dia – 16 de Dezembro
Vamos avaliar nossos valores de modo que
o Natal seja o que deve ser: uma festa dedicada à RECONCILIAÇÃO. Dedicada ao
perdão generoso e compreensivo que aprenderemos com um Deus compassivo. Com o
perdão do Espírito Santo podemos nos reconciliar com Deus e com os irmãos e
andar em uma vida nova.
É a boa notícia que São Paulo exclamou
em suas cartas, tal como lemos em sua epístola aos Romanos 5, 1-11.
Viver o Natal é apagar as ofensas se
alguém nos ofendeu e é pedir perdão se tivermos ofendido a outros. Assim, do
perdão nasce a harmonia e construímos essa paz que os anjos anunciam em Belém:
paz na terra aos homens que amam ao Senhor e se amam entre si. Os seres humanos
podem nos ofender com o ódio ou podemos ser felizes em um amor que reconcilia.
E essa boa missão é para cada um de nós: ser agentes de reconciliação e não de
discórdia, ser instrumento de paz e semeadores de irmandade.
2º
Dia – 17 de Dezembro
O segundo dia é dedicado à COMPREENSÃO.
Compreensão é uma nota distintiva de todo verdadeiro amor. Podemos dizer que a
encarnação de um Deus que se faz homem pode ler-se em chave desse grande valor
chamado compreensão. É um Deus que fica em nosso lugar, que rompe as distâncias
e compartilha nossos afãs e nossas alegrias. É graças a esse amor compreensivo
de um Deus pai que somos filhos de Deus e irmãos entre nós. Deus, como afirma
São João, nos mostra a grandeza de seu amor e nos chama a viver como filhos
dele.
Ler a primeira carta de João 3, 1-10.
Se de verdade atuarmos como filhos de
Deus não imitamos Caim, mas “dermos a vida pelos irmãos” (3, 16). Com um amor
compreensivo, somos capazes de ver as razões dos outros e ser tolerantes com
suas falhas. Se o Natal nos tornar compreensivos será um excelente Natal. Feliz
Natal é aprender a nos colocarmos no lugar dos demais.
3º
Dia – 18 de Dezembro
O terceiro dia é dedicado ao RESPEITO.
Uma qualidade do amor que nos move a aceitar os outros tal como são. Graças ao
respeito valorizamos a grande dignidade de toda pessoa humana feita à imagem e
semelhança de Deus, embora essa pessoa esteja errada. O respeito é fonte de
harmonia porque nos anima a valorizar as diferenças, como o faz um pintor com
as cores ou um músico com as notas ou ritmos. Um amor respeitoso nos impede de
julgar os outros, manipulá-los ou querer moldá-los a nosso modo.
Sempre que penso no respeito vejo Jesus
conversando amavelmente com a mulher samaritana, tal como o narra São João no
capítulo quarto de seu evangelho. É um diálogo sem recriminações, sem condenações
e no qual brilha a luz de uma delicada tolerância. Jesus não aprova que a
mulher não conviva com seu marido, mas em vez de julgá-la, a felicita por sua
sinceridade. Atua como bom pastor e nos ensina a ser respeitosos se de verdade
queremos nos entender com os demais.
4º
Dia – 19 de Dezembro
O quarto dia é dedicado à SINCERIDADE.
Uma qualidade sem a qual o amor não pode subsistir, já que não há amor onde há
mentira. Amar é andar na verdade, sem máscaras, sem o peso da hipocrisia e com
a força de integridade.
Só na verdade somos livres como anunciou
Jesus Cristo: João 8, 32. Só sobre a rocha firme da verdade pode se sustentar
uma relação nas crises e nos problemas. Com a sinceridade ganhamos a confiança
e com a confiança chegamos ao entendimento e à unidade. O amor ensina a não
agir como os egoístas e os soberbos que acreditam que sua verdade é a verdade.
Se o Natal nos aproximar da verdade é um
bom Natal, é uma festa em que acolhemos Jesus como luz verdadeira que vem a
este mundo: João 1, 9. Luz verdadeira que nos afasta das trevas nos move a
aceitar Deus como caminho, verdade e vida. Que nosso amor esteja sempre
iluminado pela verdade, de modo que esteja também favorecido pela confiança.
5º
Dia – 20 de Dezembro
O quinto dia é dedicado ao DIÁLOGO. Toda
a Bíblia é um diálogo amoroso e salvífico de Deus com os homens. Um diálogo que
leva a seu cume e sua plenitude quando a Palavra de Deus que é Seu Filho, se
faz carne, se faz homem, tal como narra São João no primeiro capítulo de seu
evangelho. De Deus apoiado na sinceridade, assegurado no respeito e enriquecido
pela compreensão, é o que necessitamos em todas nossas relações. Um diálogo em
que diariamente “nos revestimos de misericórdia, bondade, humildade, mansidão e
paciência”. Colossenses 3, 12.
O diálogo sereno que brota de um sincero
amor e de uma alma em paz é o melhor presente que podemos nos dar em dezembro.
Assim evitamos que nossa casa seja lugar vazio de afeto onde andamos dispersos
como estranhos sob o mesmo teto. Deus concede a todos o dom de nos comunicar
sem ofensas, sem julgamentos, sem altivez, e sim com apreço que gera acolhida e
aceitação mútua.
6º
Dia – 21 de Dezembro
O Sexto dia é para valorizar a
SIMPLICIDADE. Simplicidade que é a virtude das almas grandes e das pessoas
nobres. Simplicidade que foi o adorno de Maria de Nazaré tal como ela mesma o
proclama em seu canto de Magnificat. “Meu espírito se alegra em Deus meu
Salvador porque olhou a humildade de sua serva” (Lucas 1, 47-48).
Natal é uma boa época para desterrar o
orgulho e tomar consciência de tantos males que conduzem a soberba. Nenhuma
virtude nos aproxima tanto dos demais como a simplicidade e nenhum defeito nos
afasta tanto como a arrogância. O amor só reina nos corações humildes, capazes
de reconhecer suas limitações e de perdoar sua altivez. É graças à humildade
que agimos com delicadeza, sem nos crer mais do que ninguém, imitando a
simplicidade de um Deus que “se despojou de si mesmo e tomou a condição de
servo” (Filipenses 2, 6-11).
Crescer em simplicidade é um admirável
presente para nossas relações. Recordemos que nesta pequenez há verdadeira
grandeza, e que o orgulho acaba com o amor.
7º
Dia – 22 de Dezembro
Sétimo dia é para crescer em
GENEROSIDADE. É a capacidade de dar com desinteresse onde o amor ganha a
corrida do egoísmo. É na entrega generosa de nós mesmos que se mostra a
profundidade de um amor que não se esgota nas palavras. E isso é o que
celebramos no Natal: o gesto sem igual de um Deus que dá a si mesmo. Isso São
Paulo destaca: “soberba também na generosidade… pois conheceis a generosidade
de Nosso Senhor Jesus Cristo o qual sendo rico, por vós se fez pobre para que
vos enriquecêsseis com sua pobreza”. É uma passagem bíblica em que o apóstolo
convida aos Coríntios a compartilhar seus bens com os necessitados (2Cor 8,
7-15).
Sabemos amar quando sabemos
compartilhar, sabemos amar quando damos o melhor de nós mesmos em lugar de dar
apenas coisas. Tomemos, pois, a melhor decisão: dar carinho, afeto, ternura e
perdão; dar tempo e dar alegria e esperança. São os presentes que mais valem e
não custam dinheiro. Demos amor, como dizia São João da Cruz: onde não há amor
coloques amor, e tirarás amor.
8º
Dia – 23 de Dezembro
Oitavo dia é para assegurar a FÉ. Uma fé
que é firme quando nasce de uma relação amistosa com o Senhor. Uma fé que é
autêntica se está confirmada com as boas obras, de modo que a religião não seja
apenas de rezas, ritos e tradições. Precisamos cultivar a fé com a Bíblia, a
oração e a prática religiosa porque a fé é nosso melhor apoio na crise.
Necessitamos de uma fé grande em nós mesmo, em Deus e nos demais. Uma fé sem
vacilações como queria Jesus: Marcos 11, 23. Uma fé que ilumina o amor com a
força da confiança, já que “o amor em tudo crê” (1Cor 13, 7).
A FÉ é a força da vida e sem ela andamos
à deriva. De fato, aquele que perdeu a fé, já não tem mais nada a perder. Que
bom que cuidamos de nossa fé como se cuida de um tesouro! Que bom que nos
possam saudar como à Virgem: “Feliz és tu que acreditaste” (Lc 1, 45).
9º
Dia – 24 de Dezembro
Nono dia é para avivar a ESPERANÇA e o
AMOR. O amor e a esperança sempre vão de mãos dadas com a fé. Por isso, em seu
hino ao amor, São Paulo nos mostra que o amor crê sem limites e espera sem
limites (1Cor 13, 7). Uma fé viva, um amor sem limites e uma esperança firme
são o incenso, o ouro e a mirra que nos dão ânimo para viver e coragem para não
cair.
É graças ao amor que sonhamos com altos
ideais e é graças à esperança que os alcançamos. O amor e a esperança são as
asas que nos elevam à grandeza, apesar dos obstáculos e das insipidezes. Se
amarmos Deus, amamos nós mesmos e amamos os outros, podemos obter o que sugere
São Pedro em sua primeira carta: “Estejam sempre dispostos a dar razão de sua
esperança. Com doçura, respeito e com uma boa consciência” (3, 15-16). Se
acendermos a chama da esperança e o fogo do amor, sua luz radiante brilhará no
novo ano depois que se apaguem as luzes do Natal.
6.
Oração ao menino Deus:
Senhor, Natal é a lembrança de teu
nascimento entre nós, é a presença de teu amor em nossa família e em nossa
sociedade. Natal é certeza de que o Deus do céu e da terra é nosso Pai, que tu,
Divino Menino, é nosso irmão. Que esta reunião junto a teu presépio nos aumente
a fé em sua bondade, comprometa-nos a viver verdadeiramente como irmãos, nos dê
valor para matar o ódio e semear a justiça e a paz. Ó Divino Menino, ensina-nos
a compreender que onde há amor e justiça, ali estas tu e ali também é Natal.
Amém.
(Rezar um Glória ao Pai)
7.
Gozos
Meu doce Jesus, meu menino adorado! Vem
a nossas almas! Vem, não demores tanto!
– Ó sapiência suma de Deus soberano que
ao nível de um menino te rebaixaste. Ó Divino infante, vem para nos ensinar a
prudência que faz verdadeiros sábios.
Meu doce Jesus, meu menino adorado! Vem
a nossas almas! Vem, não demores tanto!
– Menino do presépio nosso Deus e irmão,
tu sabes e entendes da dor humana; que quando sofrermos dores e angústias
sempre lembremos que tu nos salvaste.
Meu doce Jesus, meu menino adorado! Vem
a nossas almas! Vem, não demores tanto!
– Ó luz do oriente, sol de eternos raios
que entre as trevas seu esplendor vejamos, Menino tão precioso, sorte do
cristão, ilumina o sorriso de seus doces lábios.
Meu doce Jesus, meu menino adorado! Vem
a nossas almas! Vem, não demores tanto!
– Rei das nações, ilustre Emanuel, de
Israel pastor. Menino que apascenta com suave cajado a ovelha arisca ou o
cordeiro manso.
Meu doce Jesus, meu menino adorado! Vem
a nossas almas! Vem, não demores tanto!
– Abram-se os céus e chova do alto o bom
orvalho, como santa irrigação. Venha belo menino, venha Deus encarnado; brilha
bela estrela, brota a flor do campo.
Meu doce Jesus, meu menino adorado! Vem
a nossas almas! Vem, não demores tanto!
– Tu te fizeste Menino em uma família
cheia de ternura e calor humano. Que vivam os lares aqui congregados o grande
compromisso do amor cristão.oracoes_todos_os_tempos_igreja
Meu doce Jesus, meu menino adorado! Vem
a nossas almas! Vem, não demores tanto!
– Do fraco és auxílio, do enfermo és
amparo, consolo és do triste, luz do desterrado. Vida de minha vida, meu sonho
adorado, meu constante amigo, meu divino irmão.
Meu doce Jesus, meu menino adorado! Vem
a nossas almas! Vem, não demores tanto!
– Vem diante de meus olhos por ti
enamorados, ora beije teus pés, ora beije tuas mãos. Prosternado em terra, te
estendo os braços e, mais do que minhas frases, te diz meu pranto.
Meu doce Jesus, meu menino adorado! Vem
a nossas almas! Vem, não demores tanto!
– Faz de nossa pátria uma grande
família; semeia em nosso chão teu amor e tua paz, nos dê fé na vida, nos dê
esperança e um sincero amor que nos una mais.
Meu doce Jesus, meu menino adorado! Vem
a nossas almas! Vem, não demores tanto!
– Vem nosso Salvador, por quem
suspiramos! Vem às nossas almas, vem, não demores tanto!
Amanda
Batista – Minions Católicos
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