“Deus
que, por sua natureza, era invisível, tornou-Se visível aos nossos olhos” (CIC
§ 477)
Olá, meu povo! Sei que
estamos nesse espírito de fim de ano, mas como vocês estão vivendo o Natal de
vocês? Sim! Ainda estamos na oitava de Natal, tempo em que se vive a exultação
da Festa do Nascimento de Jesus. Bom, eu venho refletindo sobre o que eu vou
escrever para vocês no texto de hoje.
Poucos dias antes do
Natal, eu estava prestando atenção em um presépio e contemplando o Menino
Jesus, eu comecei a pensar em algo que eu já havia ouvido falar, mas não tinha
me atentado. Enquanto eu olhava para Jesus, eu pensava: “Deus deixou de ser ‘invisível’
e se tornou visível através de Jesus”. Fiquei com essa frase na cabeça e
lembrando dela o tempo inteiro. Na missa de domingo passado (último domingo do
advento), o padre disse a mesma coisa, mas complementou dizendo que Deus se fez
visível para que nós pudéssemos estabelecer uma intimidade maior ainda com Ele.
Com isso, achei que seria
interessante falarmos sobre a importância da encarnação do Verbo de Deus. Vejam
o que São João Paulo II diz em uma das suas catequeses sobre a Teologia do
Corpo (TdC): “Pelo fato de o Verbo de Deus
se ter feito carne, o corpo entrou, eu diria, pela porta principal da teologia”
(TdC 23). Vamos conversar sobre?
“O
corpo, de fato, e só ele, é capaz de tornar visível o que é invisível: o
espiritual e o divino. Foi criado para transferir para a realidade visível do
mundo o mistério oculto desde a eternidade em Deus, e assim ser sinal d’Ele” (TdC
19)
O corpo nos possibilita “ver”
realidades espirituais e também o eterno mistério “escondido” em Deus. Como
assim? “A Igreja sempre afirmou que somos
espíritos encarnados, ou corpos espiritualizados. Através da união profunda do
corpo com a alma, nossos corpos revelam ou ‘visibilizam’ a realidade invisível de
nossos espíritos. Por sermos feitos à imagem e semelhança de Deus, nossos
corpos tornam-se também um vislumbre do mistério invisível de Deus”
(Christopher West, Teologia do Corpo para Principiantes).
O nosso corpo é um sinal
do mistério divino. Mas o que vem a ser um sinal? Um sinal é algo que aponta
para uma realidade nova e faz com que essa realidade transcendental se torne presente
diante de nós. Ou seja, o sinal é indispensável para tornar visível o mistério
invisível. De acordo com o Catecismo, “como
ser social, o homem tem necessidade de sinais e de símbolos para comunicar com
o seu semelhante através da linguagem dos gestos e de ações. O mesmo acontece
nas suas relações com Deus” (CIC §1146).
É claro que existe uma
distinção entre matéria e espírito, e mais ainda, entre Criador e criatura.
Mas, existe uma união entre eles. O cristianismo é a religião da união de Deus
com a humanidade, é a religião da Palavra (que é puro espirito) que se fez
carne.
Muito mais que mostrar
para nós que Ele está próximo, é através da encarnação de Jesus Cristo, que
Deus quer nos revelar os Seus mistérios através dos nossos corpos. É como São
Paulo diz na sua primeira carta aos Coríntios: “Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita
em vós” (I Cor 6, 15).
Que nós possamos estar
atentos aos mistérios que Deus revela através dos nossos corpos. Deus é
grandioso, mas se faz nas coisas pequenas, na simplicidade.
Deus nos abençoe!
(Mariana
Neves – Minions Católicos)
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