Olá, pessoal! A paz de
Jesus e o amor de Maria. Estamos nos aproximando das festas de fim de ano,
muitos já estão curtindo as férias, o verão está aí e é um tempo muito propício
para a gente ficar curtindo uma boa música. Mas vocês já pararam alguma vez
para reparar nos tipos de emoções que são causadas por determinados ritmos
musicais?
Tenho certeza que muitos
de vocês já ouviram uma música que causou euforia, ou uma música que causou
melancolia, ou até mesmo uma música que fez vocês relaxarem. Querem uma prova
disso? Hoje em dia, existem diversos aplicativos de músicas, com várias
playlists diferentes. São listas de músicas com vários temas: músicas para dormir
(desde músicas calmas, até sons que imitam os sons da natureza), músicas para
curtir fossa, músicas para acordar, músicas para serem ouvidas na TPM... Enfim,
é uma infinidade.
Querem outro exemplo? Os
filmes que assistimos, sempre possuem uma trilha sonora. Nem sempre as músicas
possuem uma letra, mas conseguimos compreender facilmente a mensagem que ela
quer passar só pelo ritmo. Sabemos que quando toca uma música de suspense, logo
o monstro deve aparecer. Somos envolvidos pela melodia romântica que toca
quando o casal se reconcilia... Ou seja, minha gente, a música está ligada com
as nossas emoções, sim!
Pesquisadores americanos descobriram
que a música é registrada na parte do cérebro que normalmente é estimulado
pelas emoções, contornando os centros cerebrais que lidam com a inteligência e
razão. Estudos mostraram que o impacto da música no sistema nervoso e as
mudanças emocionais provocados direta ou indiretamente pelo tálamo, afetam
processos tais como a frequência cardíaca, a respiração, a pressão sanguínea, a
digestão, o equilíbrio hormonal, o humor e as atitudes. Isto nos ajuda a
entender por que as intensas batidas rítmicas da música popular, mais
notadamente o rock, podem ter uma gama tão extensa de efeitos físicos e
emocionais.
Mas não é só o rock que
pode interferir no nosso comportamento. Músicas eletrônicas também causam
efeitos físicos e emocionais em nós. Uma das causas é porque, de acordo com o pesquisador
David A. Noebel, o ritmo da música cria uma secreção anormalmente alta de
hormônios sexuais e adrenalina podendo causar alterações nos níveis de açúcar
no sangue e a quantidade de cálcio no corpo.
David A. Noebel ainda diz
que uma vez que o cérebro recebe sua nutrição do açúcar no sangue, sua função
diminui quando este açúcar é dirigido a outras partes do corpo para estabilizar
o equilíbrio hormonal. No ponto em que uma quantidade insuficiente de açúcar do
sangue alcança o cérebro, o julgamento moral é muito reduzido ou completamente
destruído. Ou seja, perdemos o nosso autocontrole.
Porém, o problema ainda
não está só nesses dois estilos musicais. Existem músicas que nos deixam mais melancólicos,
por exemplo. São músicas tristes que nos deixam mais tristes do que já estamos.
Existem músicas que, por serem sensuais, excitam sexualmente. E não digo só
pela letra da música, mas também pelo seu ritmo.
E querem saber de onde
surgiu a ideia de escrever um texto sobre esse assunto para vocês?
Por experiência própria.
Há algum tempo, em um grupo de estudos que eu faço parte, discutimos justamente
sobre o efeito dos ritmos musicais em nós. Lemos alguns estudos sobre, o que
atestam a veracidade do que eu falei para vocês. E, desde então, eu já vinha
evitando muitas músicas, até mesmo músicas que eu gosto, mas que estavam
mexendo com as minhas emoções de forma negativa. Mas... não estamos sozinhos no
mundo e sempre tem alguém por perto que gosta de escutar música em um volume
mais alto. Pois bem, a casa que eu moro está sendo reformada e, esses dias, o
pintor estava ouvindo música enquanto trabalhava. Eu estava no meu quarto e sem
eu nem prestar muita atenção, eu estava começando a ficar triste, com muita
vontade de chorar (e estou bem longe da TPM, só para avisar hahaha). Aí eu fui começar
a prestar atenção no que o rapaz estava ouvindo. Eram músicas internacionais
que falavam, basicamente, sobre dor de cotovelo. Até falei para ele que as
músicas dele estavam me deixando triste e ele disse que também estava ficando.
Vocês devem estar se
perguntando porque estou falando com vocês sobre o cuidado que devemos ter com
as músicas que escutamos. É muito importante que evitemos as situações de
pecado. Alimentar uma tristeza (veja
aqui) e a luxúria é pecado (veja
aqui). Se tal música “for para ti
ocasião de queda, arranca-o” (Mc 9,47). Não estou dizendo aqui que devemos
escutar só músicas sacras. Seria ótimo se fizéssemos, mas digo que devemos
evitar ao máximo músicas que mexem com as nossas emoções de forma negativa,
além, claro, das músicas que ferem a dignidade do homem (pessoa).
A Igreja tem uma
infinidade de músicas capazes de nos fazer ainda mais próximos de Deus. Como
Santo Agostinho dizia: “quem canta, reza duas vezes”! Muitas vezes caímos no relativismo
e na autossuficiência e acabamos caindo por muito pouco. Até que cheguemos a um
pecado mortal, nós já alimentamos vários pecados menores. Fiquemos atentos!
Usemos o nosso canto para
louvar a Deus!!
(Mariana
Neves – Minions Católicos)
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