Evangelho - Lc 5, 27-32

“Todo chamado de Deus é uma história de amor única e irrepetível” (Papa João Paulo II)

Hoje o Evangelho nos traz a história de Levi, um cobrador de impostos, e o chamado que ele recebe de Jesus para segui-lo.
O chamado que Jesus fez a Levi foi bem diferente ao chamado que Ele fez aos apóstolos, porém Levi respondeu prontamente, largando sua vida totalmente para trás.
Quando ouvimos dizer que Jesus fez o chamado a Simão, rapidamente o associamos ao pescador. Conseguimos relacionar tanto na espontaneidade quanto na fraqueza daquele homem nossas ansiedades, nossos medos, nossas fraquezas e assim por diante. Simão, que passa a ter outro nome segue Jesus em seus caminhos, entre luzes e sombras, temos muitas semelhanças com ele no seguimento de Jesus.
Diante de nossos olhos, de nossa fé o seguimento de Levi se torna completamente questionável, pois ele era um cobrador de impostos que era desonesto com seu próprio povo, sendo assim odiado por todos.
A nobreza de Levi começa a aparecer quando ele responde ao chamado de Jesus sem questioná-lo, apenas aceitando o seu convite e seguindo-o.
Olhando o Evangelho percebemos o jantar na qual Levi ofereceu a Jesus, e certamente muitas pessoas estavam lá, como outros cobradores de impostos, afinal eram amigos de Levi, faziam parte do grupo dos considerados rejeitados. Porém, os fariseus e escribas estavam de olho justamente para analisar a atitude de Jesus. Fariseus, escribas, mestres da lei continuavam com o mesmo julgamento a respeito de Levi, considerando que não tivesse dignidade alguma perante Deus. Mas Jesus com sua grandiosa sabedoria muda totalmente a situação, pois consegue enxergar o lado bom daquele homem.
Jesus, juntamente com seus discípulos precisava comer, e Ele vê em Levi a oportunidade de conseguir uma refeição e ao mesmo tempo de se aprofundar no coração daquele homem.
Levi pertencia a um grupo, grupo esse que não era aceito pelos sacerdotes de Israel, então o acolher como discípulo seria um grande testemunho e uma forma de abrir muitos corações. Levi possuía certa cultura, era educado, Jesus sabia que isso seria muito importante em sua missão. Será que Zaqueu, chefe dos cobradores de imposto não teve seu coração amolecido ao saber que Levi foi chamado para ser um discípulo de Jesus? E que Jesus se preocupava também com os cobradores de impostos? Seu coração deve ter se enchido a ponto de subir no alto de uma árvore para buscá-lo.
Jesus sempre afirma que veio para aquelas pessoas que se encontram doente, e não para aqueles que estão bem. E nós? Como nos encontramos? Doentes ou sadios? Ou pensamos estarmos sadios, mas na verdade nem nós mesmos sabemos da enfermidade que temos em nosso interior? Será que ficamos fazendo trocas quando recebemos o convite do Senhor? Será que nos encontramos surdos diante dos apelos de Deus e de nossos irmãos?
Jesus deseja que cada um de nós se torne Mateus, um apóstolo, um missionário, usando os dons recebidos pelo Pai para que façamos coisas maravilhosas em nossa vida e na vida de nossos irmãos.
Mas para que isso aconteça necessitamos trabalhar o Levi que existe dentro de nós.

Como Zaqueu eu quero subir
O mais alto que eu puder
Só pra Te ver, olhar para Ti
E chamar Sua atenção para mim

Eu preciso de Ti Senhor
Eu preciso de Ti, oh Pai
Sou pequeno demais
Me dá Tua paz
Largo tudo pra Te seguir

Entra na minha casa
Entra na minha vida
Mexe com minha estrutura
Sara todas as feridas
Me ensina a ter santidade
Quero amar somente a Ti
Porque o Senhor é meu bem maior
Faz um milagre em mim
(Como Zaqueu - Reges Danese)

(Adriana Martins – Minions Católicos)

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