“Se você não crer em Jesus que combate satanás, você não crê no
Jesus dos Evangelhos” (Pe. Paulo Ricardo)
Olá, meus amados irmãos!
Salve Maria Santíssima. Como estão? Estamos
chegando ao fim da série sobre “Os Três inimigos da Alma”, já falamos sobre a Carne
e o Mundo. Hoje, falaremos sobre o nosso último inimigo: o demônio.
“Alguns se encontram à
beira do caminho, onde ela é semeada; apenas a ouvem, vem Satanás tirar a
palavra neles semeada”. (Mc 4,15). Deparamo-nos com nosso último
inimigo: o DEMÔNIO.
Nos primórdios de tudo é
necessário que você tome consciência de uma coisa: “O Demônio existe”. Muitos
cristãos e até a própria sociedade relativiza a existência do mal em nosso
meio, porém isso é uma grande cilada, principalmente para nós que dizemos
cristãos. “O demônio, é o mais difícil de descobrir suas obras. Dentre os três,
ele é o mais forte e o mais obscuro de se perceber, suas astúcias e tentações
são as mais fortes e duras de vencer por se tratar de um ser espiritual. Sua
inteligência e acuidade mental são superiores à nossa. Suas faculdades são
maiores que a humana, uma vez que, sendo anjo, possui a natureza e capacidades
angelicais.” (Trecho retirado do blog da Comunidade Shalom)
“Quais
são hoje as maiores necessidades da Igreja? Não deixem que a minha resposta os
surpreenda como sendo simplista e, ao mesmo tempo, supersticiosa e fora da
realidade. Uma das maiores necessidades da Igreja é a defesa contra este mal
chamado Satanás. O diabo é uma força atuante, um ser espiritual vivo, perverso
e pervertedor; uma realidade misteriosa e amedrontadora.” (Papa
Paulo VI, L’Osservatore Romano, 24/11/1972).
No entanto, vamos retomar
a Sagrada Tradição da igreja para que você realmente tome consciência de que o
demônio existe. O Catecismo da Igreja
Católica, no número 391, traz uma citação do IV Concílio de Latrão: "Com efeito, o Diabo e outros demônios
foram por Deus criados bons em (sua) natureza, mas se tornaram maus por sua
própria iniciativa". Você pode está se questionando: “Como foi que
isso aconteceu? Eles eram bons e depois se tornaram maus”. Quando Deus começou a criar o mundo e tudo
que conhecemos, o homem foi o ultimo a ser criado e, com efeito, os seres angélicos
já existiam, o Diabo (Lúcifer) era um anjo da Luz, o príncipe deste mundo. “Esse
anjo cheio de luz foi chamado de Lúcifer: Portador de Luz. A ele, Deus confiou
à maior tarefa: Preparar o mundo e a humanidade para o seu Filho. Tal tarefa
foi atribuída a Lúcifer, porque fora dotado de muitos dons, capacidades,
inteligência e sabedoria. Portanto, Lúcifer deveria preparar este mundo, a
terra, a humanidade, ou seja, tudo o que está aqui, para seu filho. Deus
confiou-lhe a tarefa e o constituiu príncipe deste mundo” (Trecho do
livro “Maria, a mulher do Gênesis ao Apocalipse” Mons. Jonas Abib pág11-12).
Veja bem: Deus criou um
anjo bom, mas pelo seu orgulho e soberba deixou de ser anjo de Luz para ser
anjo das Trevas, porém o que levou esta queda? “Quando o Pai revelou que seu
filho teria uma mãe e que ela seria uma mulher escolhida, amada e eleita de seu
coração, sendo que ele, Lúcifer, estaria a serviço dela, ele explodiu: “Não! A
ela não! A uma criatura humana? Não!” (Trecho do livro “Maria, a mulher
do Gênesis ao Apocalipse” Mons.Jonas Abib). Ora, ele foi criado para isso, como
não existia para essa tarefa, quando disse não, acabou negando a sua própria
existência e tornou-se o inverso.
Em uma entrevista, concedida à Urlo Magazine em 2009, o padre
Amorth contou:
“Certa vez, me aconteceu de perguntar a um demônio por
que, apesar da sua inteligência superior, ele preferiu descer ao inferno. Ele
respondeu: ‘Eu me rebelei contra Deus e mostrei que sou mais forte do que Ele’.
Para eles, a rebelião é um sinal de vitória e de superioridade”.
Vejam,
o mal, o pecado e o inferno foi uma invenção angélica. Deus criou tudo bom, mas
pelo orgulho de Lúcifer e a rebelião de outros anjos foi que começou a existir
o mal.
O Catecismo fala de uma
desobediência angélica, de um pecado cometido por ele, que originou a Queda
propriamente dita. Ele e os demais anjos que pecaram não foram poupados por
Deus: "Com efeito, Deus não poupou
os anjos que pecaram, mas lançou-os nos abismos tenebrosos do Tártaro, onde
estão guardados à espera do Julgamento"(2 Pe 2, 4).
Contudo, muita atenção!
Acreditar na existência do demônio faz parte da nossa essência de Igreja, mas
não podemos e nem devemos colocar toda a culpa do mal no diabo, pois como você
viu, temos outros dois inimigos: A carne e o mundo.
Uma curiosidade sobre
este assunto de demônio é que no novo testamento é falado 511 vezes e somente
nos livros sapienciais é começado a falar do demônio e eu fui pesquisar o porquê
disso e no curso de Padre Paulo Ricardo, ele falou a seguinte frase: “No processo pedagógico do Antigo Testamento
Deus guia seu povo para Crer Nele, pois se encontra uma sociedade Politeísta”.
Ou seja, Deus nos guiou para acreditarmos Nele, mas somente depois foi que ele
começou a nos dizer que existia o demônio e não seja como alguns “teólogos” que
dizem: “Jesus, não quis perder tempo para desmistificar a existência do
demônio”. Dizer isso seria uma grande Heresia, pois a própria escritura nos diz
que existe.
E só pela força de Deus
conseguimos vencê-lo. É estando em comunhão com o Senhor que esta batalha é
ganha, uma vez que a força de Deus é infinitamente superior à de satanás. Este
é uma criatura e, sendo assim, diante da onipotência de Deus, é infinitamente
limitado e derrotado. Santa Tereza d’Ávila afirmava que para ela, uma mosca a
incomodava mais que o próprio demônio.
Uma coisa que devemos
começar a praticar em nós é a HUMILDADE. A queda do diabo foi pelo orgulho e
nós devemos combater com a humildade. E um exemplo de humildade é a Virgem
Maria, pois Lúcifer foi criado como a criatura mais perfeita, porém como quis
seguir seu ego e assim pelo seu orgulho foi para o inferno. Já a Virgem Maria
foi criada a criatura imperfeita (corpo frágil) e se humilhou onde Deus a
exaltou e se tornou a criatura mais perfeita. Então, é simples se queremos
combater o demônio sejamos humildes.
“O
demônio é uma simples criatura que não aceita a sua derrota”
(Pe. Duarte Lara). Outro meio seguro de combater esse inimigo é a prática e a
vivência dos sacramentos e principalmente: A Eucaristia e a Confissão. Pois, se
tem uma coisa que o inimigo não suporta é um cristão na graça de Deus. "Aquele
que peca é do demônio, porque o demônio peca desde o princípio. Eis por que o
Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do demônio. Todo o que é
nascido de Deus não peca, porque o germe divino reside nele; e não pode pecar,
porque nasceu de Deus." (I JO 23; 8-9)
Temos a força do Espírito Santo
sobre nós, o inimigo já foi derrotado e não devemos ter medo. Rezem jamais
deixem de rezar, pois quem não reza o diabo carrega! Quer combater o bom
combate? Quer vencer todo mal na sua vida? Reze, tenha fé e lembre sempre imite
a Virgem Maria. “Durante
um exorcismo, Satanás me disse por meio da pessoa possuída: ‘Cada Ave-Maria do
rosário é para mim um golpe na cara. Se os cristãos conhecessem o poder do
rosário, seria o meu fim”. (Pe. Gabriele Amorth)
Portanto, para um
verdadeiro combate eu convido a você hoje além de conhecer as 3 cautelas que
São João da Cruz nos dá começar a praticar as 5 pedrinhas que Nossa Senhora nos
dá para o combate com o grande Golias: Confissão Mensal, rezar o rosário todos
os dias, jejum, Ler e meditar a Palavra de Deus e a Eucaristia. Você quer
vencer os três inimigos da Alma? Coloquem em prática essas cincos pedrinhas na
sua vida a partir de hoje, pois NÃO É MAIS TEMPO DE BRINCAR, estes três
inimigos não estão brincando, mas está a todo momento tentando “catar” você da presença de Deus. Não perca
mais tempo de lutar, não permita mais que estes inimigos tirem você da graça de
Deus, mas coloquem a armadura de Deus (Rm 6) e levante um guerreiro (a) de
Deus.
Destas 3
cautelas deve lançar mão quem quer aspirar à perfeição, a fim de livrar-se do
demônio, seu último inimigo. Para isso, é de advertir que, entre os numerosos
ardis usados pelo demônio para enganar os espirituais, o mais comum é
enganá-los sob a aparência de bem e não sob a aparência de mal; pois sabendo
que, conhecido o mal, dificilmente o abraçariam. E, assim, hás de acautelar-te
sempre de que te parece bem, máxime não intervindo nisso a obediência. A
segurança e o acerto nestas coisas residem no conselho daquele que o deve dar.
Primeira cautela
- Seja, pois, a primeira cautela,
no sentido de que jamais te movas a coisa alguma, ainda que te pareça boa e
cheia de caridade, quer para ti quer para qualquer outra pessoa, dentro e fora
de casa, sem ordem de obediência, a não ser para aquilo que por ordem estás
obrigado. Com este modo de proceder, adquirirás mérito e segurança. Livra-te de
propriedade e fugirás do demônio e evitarás danos que nem imaginas e de que, há
seu tempo, Deus te pedirás contas. Mas, se não observares esta cautela, tanto
no pouco como no muito, por mais que te pareça acertar, não deixarás de ser
enganado, em pouco ou em muito, pelo demônio. E se não te regeres em tudo pela
obediência, já não estarás isento de erro culposo, pois Deus quer antes a
obediência que sacrifícios (1Sm 15, 22). As ações do religioso não lhe
pertencem, mas são da obediência e se dela as subtraíres, delas te pedirão
contas, como se fossem perdidas.
Segunda cautela
Seja a segunda cautela no sentido
de jamais considerares o prelado menos que Deus, seja ele quem for, pois foi
constituído em seu lugar. Acautela-se neste ponto, pois o demônio, inimigo da
humildade, mete muito aqui a mão. E considerando o prelado do modo acima dito,
será grande o bem e aproveitamento que te advirão, e não sendo assim, grande a
perda e o dano. E, portanto, põe-te cuidadosamente de sobreaviso para não
considerares a sua índole, o seu trato, a sua aparência, nem outras maneiras
suas de proceder; porque com isso far-te-ás tanto dano que virás a mudar a
obediência de divina em humana, movendo-te ou não, apenas pelos modos que
puderes observar visivelmente no prelado, e não no Deus invisível, a quem nele
serves. E a tua obediência será vã ou tanto mais infrutuosa quanto mais te
magoares com a índole adversa do teu prelado, ou com a sua índole agradável, te
alegrares. Asseguro-te que por haver o demônio feito com que considerassem as
coisas por este prisma, induzindo a pôr os olhos nestas exterioridades, acerca
da obediência, conseguiu arruinar na perfeição a muitíssimos religiosos, e seus
atos de obediência são de muito pouco valor diante de Deus.
Se não te esforçares neste ponto,
de modo que já pouco te importe que o prelado seja este ou aquele, pelo que
pessoalmente te diz respeito, não poderás de forma alguma ser espiritual nem
observar bem os teus votos.
Terceira cautela
A terceira cautela, diretamente
contra o demônio, é que no íntimo do coração procures sempre humilhar-te em
palavras e obras, regozijando-se do bem dos outros como se fosse teu e querendo
que sejam preferidos a ti em todas as coisas e isto com inteira sinceridade.
Assim agindo, vencerás o mal com o bem, expulsarás o demônio para longe e
andarás com alegria no coração; e procura exercitar mais isto com os que menos
te caírem em graça.
E fica sabendo que se assim não
exercitares, não chegarás à verdadeira caridade, nem nela aproveitarás. E sê
sempre mais amigo de ser por todos ensinado do que de querer ensinar ao menor
entre todos.
Portanto, armadura a
postos e, na certeza de já sermos vencedores, unamos a toda a milícia celeste
para lutarmos contra aqueles que nos fazem cair, pois a BATALHA É DO SENHOR!
Deus vos abençoe.
(Thawana Mello - Minions
Católicos)
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