E aí, meus queridos amigos. Tudo bem com vocês? Como estão vivendo a Quaresma?
Caríssimos irmãos e irmãs, é fato que Deus nos criou com um propósito: o amor! A Palavra nos diz que Deus, em sua sabedoria, mesmo não necessitando do homem, quis criar o homem à sua imagem e semelhança por amor (Gênesis 1,26). Ou seja, você, criatura perfeita que é, foi criado (a) por amor de Deus (CIC nº 27, GS 19,1). Não bastasse isso, além de Deus ter te criado por amor, Ele quis te provar o quanto te ama, ao enviar o Seu Filho único para que todo aquele que nEle crer, não pereça mas tenha a vida eterna (João 3, 16). Deus nos amou tanto que nos criou para vivermos aqui na Terra e nos amou mais ainda ao permitir que Seu Filho Jesus Cristo fosse morto por nossos pecados para que pudéssemos viver eternamente (Colossenses 1:22, 1; Pedro 1:19). Quanto amor há nisso! Que beleza há nessa grandiosidade!
Porém, nós, ingratos como somos, não valorizamos isso. Procuramos o amor de nossas vidas em qualquer esquina por aí. Porém, não procuramos somente o amor. Procuramos a felicidade. Mas nos esquecemos que tal como o amor que procuramos, está em Deus, a felicidade também que tanto procuramos está em Deus.
Todos nós procuramos algo que dê sentido a nossa existência, que amplie os nossos horizontes, que nos faça felizes. O desejo de felicidade é inato ao ser humano e está intrinsicamente atrelado ao amor. É inevitável: buscamos o amor ao passo que também procuramos a felicidade. Muitos de nós ainda faz essa associação achando que ao encontrar o amor, encontrarás também a felicidade.
A própria música secular “Segredos” do Roberto Frejat diz sobre isso. A letra diz assim:
“Eu procuro um amor que ainda não encontrei
(...)
Nos seus olhos quero descobrir uma razão para viver
E as feridas dessa vida eu quero esquecer
(...)
Eu procuro um amor, uma razão para viver
E as feridas dessa vida eu quero esquecer”
(Segredos – Roberto Frejat Warner/Chappell Music, Inc)
O erro, porém está justamente em associar ao outro, no ser procurado, o amor e a felicidade. Não! Não é assim!
A própria canção ao dizer: “eu procuro um amor, uma razão para viver”
QUE BOBEIRA!
Você já tem uma razão para viver: Deus te criou por amor para que viva o amor de Deus
Todos nós procuramos ser felizes. Porém, muitos de nós deposita a esperança da felicidade em lugares errados. Não coloque sua felicidade no outro. Coloque em Deus e em você mesmo.
Muitos de nós reclama que somos infelizes. A verdade é uma só: somos infelizes porque procuramos a felicidade em lugares errados. Nós esperamos que os outros nos faça felizes ao invés de sermos felizes por nós mesmos. Nós esquecemos que a felicidade está no coração de Deus.
São João Crisóstomo diz: “Ninguém pode nos fazer infelizes, só nós mesmos”. Perceba a grande verdade que há nessa frase, irmãos. Andando por aí, o que mais tem é gente reclamando da vida dizendo que é infeliz por culpa do outro. O que mais tem é gente magoada por coisas que o outro fez e por isso se frustra e se considera infeliz. O que mais vemos por aí é gente sofrida que carrega um milhão de traumas por culpa do que o outro fez em sua vida. Me perdoe o que eu vou dizer, mas a culpa de sermos infelizes assim é de nós mesmos. Sabe por quê?? Porque atribuímos ao outro a responsabilidade da nossa felicidade.
A música “Cassino Boulevard” da Banda Rosa de Saron diz justamente isso. A canção possui um trecho que afirma: “Nunca permita que a sua felicidade dependa de algo que possa perder”. Essa é uma pura e triste realidade. Nós estamos cada vez mais depositando a nossa felicidade em valores supérfluos, transitórios e temporais. Nós somos viciados no conceito de que a felicidade mora numa festa, ou num bem material ou até mesmo em alguém. Porém, tudo isso é efêmero, é vazio, é sem sentido. Não se esqueça que a festa também termina e ela não te deixa feliz. Pelo contrário, ao final da festa você percebe que se sente solitário, vazio e infeliz. O consumismo não traz felicidade nenhuma. Afinal de contas, “de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua alma?” (Marcos 8, 36).
Segundo o Sumo Pontífice,
o papa Francisco, o jovem de hoje não deve confundir a felicidade com um sofá.
Segundo o papa, achamos que para ser felizes precisamos de algo material, tal
como um sofá novo. Achamos que temos a necessidade de um sofá. Diz o Papa: “Um sofá que nos ajude a estar cômodos,
tranquilos, bem seguros. Um sofá – como os que existem agora, modernos,
incluindo massagens para dormir – que nos garanta horas de tranquilidade para
mergulharmos no mundo dos videojogos e passar horas diante do computador”.
Ele ainda continua
dizendo: “Um sofá contra todo o tipo de
dores e medos. Um sofá que nos faça estar fechados em casa, sem nos cansarmos
nem nos preocuparmos. Provavelmente, o sofá-felicidade é a paralisia silenciosa
que mais nos pode arruinar, a juventude. E por que isso acontece Padre? Porque
pouco a pouco, sem nos darmos conta, encontramo-nos adormecidos, encontramo-nos
pasmados e entontecidos. Ontem falava dos jovens que se aposentam aos 20 anos,
hoje falo dos jovens adormecidos, pasmados, entontecidos”.
Em seu discurso aos
Jovens na Jornada Mundial da Juventude na Cracóvia, o papa disse: “Queridos jovens, não viemos ao mundo para
‘vegetar’, para transcorrer comodamente os dias, para fazer da vida um sofá que
nos adormeça; pelo contrário, viemos com outra finalidade, para deixar uma
marca. É muito triste passar pela vida sem deixar uma marca”.
É necessário que deixemos
a nossa marca! Mas a questão é que estamos muitas vezes marcados. Marcados,
pisados, fissurados, chagados por pessoas que permitimos adentrar em nossas
vidas e atribuímos a elas o dever de nos fazer felizes, sendo que a felicidade
é um direito nosso e um dever somente nosso.
A felicidade depende de
mim! E devo descobrir que ser feliz é algo que está em Deus!
E ser feliz é uma
escolha, uma decisão. Eu escolho ser feliz!
Há outra canção popular
que diz: “Felicidade é só questão de ser”
de Marcelo Jeneci. E talvez seja a mais absoluta verdade. Nós problematizamos,
nós complicamos demais a felicidade. A felicidade é simples! Tal como Deus é
simples.
Há um poema à respeito da
felicidade que eu gosto muito e hoje transcrevo neste post:
“Felicidade?
Disse o mais tolo: "Felicidade não existe".
O intelectual: "Não no sentido lato".
O empresário: "Desde que haja lucro".
O operário: "Sem emprego, nem pensar".
O cientista: "Ainda será descoberta".
O místico: "Está escrito nas estrelas".
O político: "Poder".
A igreja: "Sem tristeza, impossível. Amém".
O poeta riu de todos, e, por alguns minutos, foi feliz.”
(Felicidade, O
Teatro Mágico)
O fato é que o poeta
escolheu ser feliz, ele riu e foi feliz.
Se formos pensar bem,
apenas no sentido racional, temos uma série de circunstâncias que nos deixam
com o direito de sermos infelizes: podemos reclamar de nós mesmos, da vida que
vivemos, da casa onde moramos, do carro que temos ou que não temos, das contas
à pagar, do emprego, do chefe, do marido ou da esposa, de tudo! Mas temos algo
que nos leva à felicidade apesar de todos os pesares: Deus!
E isso basta.
A Palavra nos diz: “Feliz é aquele que confia no Senhor”
(Provérbios 16, 20).
O papa emérito Bento XVI
ainda afirma: “Queridos jovens, a
felicidade que procurais, a felicidade que tendes o direito de saborear tem um
nome, um rosto: o de Jesus de Nazaré, oculto na Eucaristia.”
Você confia no Senhor?
Então deposite nEle a sua felicidade. Encontre a felicidade em Jesus.
Seja feliz!
(Wesley Fernandes Fonseca – Minions Católicos)
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