Evangelho de Marcos 16,1-7



Abramos o espírito a Cristo morto e ressuscitado para que nos renove, para que elimine do nosso coração o veneno do pecado e da morte e nele infunda a seiva vital do Espírito Santo: a vida divina e eterna.” (Bento XVI).

O Evangelho de hoje nos traz a Ressurreição de Cristo, a qual deve ser a esperança em nosso coração. É a esperança da vida eterna na presença do Nosso Senhor.
Hoje celebramos a vida, uma vida que foi escondida e agora brota trazendo muita luz para nós, uma vida nova. Se ontem havíamos observado todo sofrimento de Cristo sendo crucificado, carregando todas as dores na cruz, hoje podemos contemplar a sua Ressurreição.
Nosso coração deve estar cheio de expectativa da vida gloriosa que podemos ter ao lado do Senhor.
No entanto, devemos entender que a Ressurreição de Cristo em nós não se dá com a nossa morte, pois a morte é a plenitude, a realização plena do que o Senhor quer realizar conosco.
A nossa Ressurreição deve começar agora, deve se iniciar no momento em que morremos para os nossos pecados, que abrimos mão da vida “velha.” A vida nova começa quando conseguimos apagar dentro de nós aqueles sentimentos que vão matando-nos aos pouco, que se permitirmos vão crescendo em nosso interior. Não podemos deixar que a semente da morte  desenvolva-se dentro de nós, pois a semente que deve ser desenvolvida é a da eternidade.
Então devemos acabar com cada sentimento que não nos leva a vida, mas nos leva a morte.
Hoje é o momento de entregarmos no “túmulo” do Pai tudo aquilo que nos impede de alcançarmos a eternidade. É hora de deixarmos de ser egoísta, de ficarmos pensando somente em nós mesmos. É hora de colocarmos de lado esse orgulho exagerado que muitas vezes nos faz pensar que somos o centro de tudo e não levamos em consideração o outro.
A Ressurreição se faz presente em nossa vida para enterrarmos tudo aquilo que nos afasta do Senhor, que corrói todo nosso interior, praticas que não vão de encontro com a nossa fé.
Pois a fé na Ressurreição de Jesus é algo tão fundamental que São Paulo nos diz:
Se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é vazia, e vazia também a vossa fé” (1Cor 15, 14).
A Ressurreição de Cristo não está ligada apenas ao milagre de um cadáver. A Ressurreição de Cristo vai muito além.
A ressurreição de Jesus “foi a evasão para um gênero de vida totalmente novo, para uma vida já não sujeita à lei do morrer e do transformar-se, mas situada para além disso: uma vida que inaugurou uma nova dimensão de ser homem”, explica o Papa Bento XVI no segundo volume do seu livro “Jesus de Nazaré”.
Jesus ressuscitado não voltou à vida normal que tinha neste mundo. Isso foi o que aconteceu com Lázaro e outros mortos ressuscitados por Ele. Jesus “partiu para uma vida diversa, nova: partiu para a vastidão de Deus, e é a partir dela que Ele se manifesta aos seus”, prossegue o Papa.
Portanto meus irmãos, hoje é dia de removermos a pedra que nos impede de alcançarmos a vida nova, vida que o Senhor deseja para todos nós.
Que a Ressurreição aconteça nas nossas famílias, em nossos pensamentos e que possamos acreditar que Ressuscitar é deixar para trás tudo aquilo que não nos levará ao Senhor, que devemos e podemos fazer nova todas as coisas em nome de Jesus!
Adriana Batista – Minions Católicos

Eis que faço novas todas as coisas,
Que faço novas todas as coisas, Que faço novas todas as coisas.
É vida que brota da vida,é fruto que cresce do amor,é vida que
vence a morte,é vida que vem do
Senhor.
É vida que brota da vida,é fruto que cresce do amor,é vida que
vence a morte,é vida que vem do Senhor.
Deixei o sepulcro vazio, a morte não me segurou a pedra que
então me prendia no terceiro dia rolou.
Deixei o sepulcro vazio, a morte não me segurou a pedra que
então me prendia no terceiro dia rolou.
Eu hoje lhe dou vida nova, renovo em ti o amor lhe dou uma nova
esperança, tudo o que era velho passou.
Eu hoje lhe dou vida nova, renovo em ti o amor lhe dou uma nova
esperança, tudo o que era velho passou.

(Eis Que Faço Novas Todas As Coisas

Paulo Roberto)

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