“Quanto mais deixamos que Deus assuma o controle sobre nós, mais
autênticos nos tornamos pois foi Ele quem nos fez.”
O resgate
de Deus por seus filhos pecadores está muito bem relacionada ao Evangelho de
hoje “Filho Pródigo”. Esse filho ingrato que se distanciou de sua casa.
Porém,
antes pediu ao pai a herança que lhe cabia, isso segundo seu egoísmo. Com o
dinheiro recebido o mesmo se foi, junto com sua falta de amor e arrogância para
uma região distante. Viveu por um tempo gastando seu dinheiro com seus
“amigos”, desfrutando de tudo que julgava ser prazeroso.
Mas essa
situação foi acabando com seu dinheiro, até que ficou sem nada. E quando isso
aconteceu perdeu também seus “amigos”, então começou a procurar um trabalho, para
ver se conseguia dinheiro pelo menos para se alimentar.
Foi muito
difícil conseguir um trabalho, sendo assim teve que aceitar a complicada tarefa
de cuidar de porcos em um chiqueiro, e não conseguia nem sequer comida para se
alimentar.
Completamente
sozinho, angustiado, numa situação de extrema carência pensou:
‘Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui,
morrendo de fome.1Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: ‘Pai,
pequei contra Deus e contra ti; 19já não mereço ser chamado
teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados’. (Lc 15,17-19)
E foi o que
fez, humildemente, sem soberba, admitindo que havia errado ele abandonou aquele
chiqueiro e pegou o caminho de volta para sua casa.
Não tinha
mais nada consigo para levar de volta, apenas a vergonha de seu ato. Em seu
íntimo a culpa o consumia, mas tinha a esperança de ser perdoado.
Foi
extremamente difícil esse retorno, pois muitas dúvidas pairavam em sua mente,
se questionava se realmente seu pai iria lhe perdoar e aceitá-lo de volta, mas
o pai ainda guardava um grande amor por seu filho, e quando o enxergou foi
correndo ao seu encontro para abraçá-lo e beijá-lo.
Um lindo
encontro, o filho havia recebido o perdão de seu pai, e assim fizeram uma
grande festa em comemoração ao retorno desse filho. “Este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado”
(Lucas 15:11-24).
Trazendo
essa história para nós, podemos notar claramente o maravilhoso amor de Deus por
seus filhos. Independente da nossa condição, de quantas vezes também
abandonamos o seu lar, o Pai continua nos amando e nos perdoando.
O amor de
Deus não tem limites, Ele nos ama mesmo quando não demonstramos amor por Ele,
nos perdoa sem cessar, e acima de tudo quer nos salvar, mesmo quando não
conseguimos perceber isso.
O amor do
Pai por nós é eterno e sem interesse algum. Assim como o pai recebeu com tanto
amor o seu filho pródigo, Deus também nos espera de braços abertos com seu amor
inexprimível.
E Jesus em
sua Divina sabedoria nos relata mais uma lição: O Filho mais velho.
Ora, o filho mais velho estivera no campo; e, quando voltava, ao
aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. Chamou um dos criados e
perguntou-lhe que era aquilo. E ele informou: Veio teu irmão, e teu pai mandou
matar o novilho cevado, porque o recuperou com saúde. Ele se indignou e não
queria entrar; saindo, porém, o pai, procurava conciliá-lo (Lc 15:25-28).
Nos
versículos 25 ao 28 nos é apresentado o filho mais velho. Ele jamais esteve
longe do pai, porém nunca se aproximou dele, tinha todo amor de seu pai mas
nunca o cultivou. Mesmo não saindo de casa se “perdeu” dentro da própria.
Porém mais
uma vez o pai vai ao encontro do filho, esse agora que nunca havia saído de
perto.
E conosco
não é diferente, quantas vezes achamos que estamos na presença de Deus, vamos a
missa, participamos de grupos, fazemos jejum, mas, na verdade, estamos longe
Dele, e quantas vezes também não desprezamos o amor de Deus?
Assim como
o pai citado na parábola Deus faz com seus filhos, independente da condição que
esteja, se é longe ou perto mais distante de seu amor, Ele vai ao encontro,
porque o Pai jamais desiste de seus filhos.
Queridos
irmãos, Jesus apresentou nessa parábola o amor do pai pelos seus filhos para
nos mostrar que o amor de Deus por nós é infinito. O que o pai fez na parábola,
é o que Deus faz conosco perdoando os nossos pecados. Assim como no Evangelho: Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos
fazer um banquete. Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava
perdido e foi encontrado’. E começaram a festa. (Lc 15,23-24), o Senhor
comemora todas as vezes que um filho seu se arrepende do pecado e volta para
Ele.
Muito alegre eu te pedi o
que era meu parti,
num sonho tão normal.
Dissipei meus bens e o coração
também, no fim meu mundo
era irreal.
Confiei no teu amor e
voltei, sim aqui é meu lugar,
eu gastei teus bens ó pai
e te dou este pranto em minhas mãos.
Mil amigos conheci
disseram adeus caiu, a solidão
em mim.
Um patrão cruel levou-me
a refletir meu pai, não trata um servo assim.
Nem deixaste-me falar da
ingratidão, morreu no abraço
o mal que eu fiz. Festa,
roupa nova, anel, sandália aos pés.
Voltei a vida, sou feliz.
Confiei no teu amor e
voltei, sim aqui é meu lugar,
eu gastei teus bens ó pai
e te dou este pranto em minhas mãos.
(Este Pranto - Eugênio Jorge)
(Adriana Martins – Minions Católicos)
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