Reconhecendo como pratico a violência



“Em Cristo somos todos irmãos” (Mt 23,8)

Boa tarde irmãos e irmãs! A paz de Cristo e o amor de Maria! Bom, como já nos foi apresentado na Quarta-Feira de Cinzas o tema da Campanha da Fraternidade de 2018 tem como tema Fraternidade e superação da violência e lema Em Cristo somos todos irmãos (Mt 23,8). O que hoje queremos é fazer uma reflexão em cima desse tema: reconhecer como praticamos a violência.
Antes de tudo, o que entendemos por violência? Acredito que assim como eu, quando falamos sobre violência, pensamos em agressões físicas e ao ler o tema do nosso texto de hoje, você deve ter pensado “eu não pratico violência nenhuma”, mas a violência vai um pouco além do físico. Segundo o dicionário, uma das definições de violência é “ação ou efeito de empregar força física ou intimidação moral contra; ato violento” ou “constrangimento físico ou moral exercido sobre alguém, para obrigá-lo a submeter-se à vontade de outrem; coação.”
Para termos um pouco mais de noção sobre os “tipos” de violência, abaixo estão alguns desses tipos que são relatados pela UNICEF[1] e o Governo Federal[2] do nosso país. Confira abaixo essas violências:
Específicos contra criança e adolescentes
  • Tortura
  • Violência Psicológica
  • Discriminação
  • Violência Sexual
  • Violência Física
  • Negligência e Abandono
  • Trabalho Infantil
  • Tráfico de crianças e adolescentes

 Específicos contra a mulher:
  • Humilhar, xingar e diminuir a autoestima
  • Tirar a liberdade de crença
  • Fazer a mulher achar que está ficando louca
  • Controlar e oprimir a mulher
  • Expor a vida íntima
  • Atirar objetos, sacudir e apertar os braços
  • Forçar atos sexuais desconfortáveis
  • Impedir a mulher de prevenir a gravidez ou obrigá-la a abortar
  • Controlar o dinheiro ou reter documentos
  • Quebrar objetos da mulher

               Bem, acho que deu para termos uma grande noção sobre os tipos de violência, certo? Agora é nossa vez de refletir. Muitas vezes agimos de forma exagerada por alguma ação e acabamos por realizar atos de violência (como a violência verbal), mas no que essa violência nos ajuda a resolver nossos problemas? O trânsito é um grande exemplo de como cometemos a violência: se alguém bate no nosso carro, se começarmos a proferir palavras de ofensas contra este, o nosso carro vai se concertar magicamente? Claro que não! Então porque o fazer?
            Em nossa própria casa, muitas vezes queremos erguer a voz contra todos, quando achamos que somos desrespeitados, mas isso resolve alguma coisa? Às vezes as palavras que dizemos são tão duras, que deixarão marcas por muito tempo em quem as escutou, e isso é um tipo de violência, não é?
            Baudouin, que foi um rei belga, uma vez disse: “Eu sei que, sempre que as pessoas se esforçam por viver o Evangelho como Jesus o ensinou, tudo começa a mudar: toda a agressividade, toda angústia e tristeza dão lugar à paz e à alegria.” Se esforçar para viver o Evangelho como Jesus nos ensinou, esse é o segredo! Jesus não disse que deveríamos cometer atos de violência uns com os outros, mas disse que somos todos irmãos e pediu que amassemos uns aos outros.
            O início para a solução de todos os nossos problemas, é reconhecer os nosso erros. Então, se você reconheceu algum tipo de violência que pratica, peça perdão se possível a quem você machucou (física, moral, verbal, etc), e baseie-se sempre no que Jesus nos ensinou e tudo dará certo.

Abraços,
Amanda Batista – Minions Católicos




[1] https://www.unicef.org/brazil/pt/multimedia_27141.htm
[2] http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2015/12/violencia-contra-mulher-nao-e-so-fisica-conheca-10-outros-tipos-de-abuso

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