Olá! A paz de Jesus e o amor de Maria
estejam contigo! Tudo bem? Na liturgia essa semana estamos recomeçando o Tempo
Comum. Recomeçando, pois “O Tempo Comum
começa na segunda-feira que segue ao domingo depois do dia 6 de janeiro e se
estende até a terça-feira antes da Quaresma inclusive; recomeça na
segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas
do 1º domingo do Advento” (grifos meus).[i] Nesse
período, que corresponde a trinta e três ou trinta e quatro semanas, “não se celebra nenhum aspecto especial do
mistério do Cristo, comemora-se nelas o próprio mistério de Cristo em sua
plenitude” (grifos meus).[ii]
Agora que entendemos o tempo que estamos, vamos refletir sobre a liturgia de
hoje?
Na Primeira Leitura (Tg 4,13-17) Tiago
nos diz que não sejamos presunçosos de fazermos planos para o futuro sem contar
com a misericórdia divina. Precisamos entregar nossa vida, nossos planos nas
mãos de Deus, pois a Ele cabem todas as coisas futuras. Deixamos para ir para a
Igreja depois, para confessar depois, para fazer uma obra de caridade depois...
mas como diz a música Verdades do Tempo, do Thiago Brado: “Passado não volta, futuro não temos e o hoje não acabou/ Por isso ame mais, abrace mais/ Pois não
sabemos quanto tempo temos pra respirar/ Fale mais, ouça mais/ Vale a pena
lembrar que a vida é curta demais”.
Hoje é o dia que temos para fazer a
diferença na nossa vida. O passado não volta mais, o que está feito, não
podemos mudar, mas o que acontece daqui pra frente é o que podemos fazer
diferente. Como o próprio Cristo disse: “Mas,
buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos
serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia
de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal (Mt 6, 33-34).
O salmo de hoje (Sl 48) tem como
resposta: “Felizes os humildes de
espírito porque deles é o Reino dos Céus!” Esta frase nos remete às
Bem-Aventuranças, quando Jesus diz: “Felizes
os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus!” (Mt 5,3). A
primeira pergunta que podemos nos fazer é: O que é ser humilde de espírito? Ser
pobre de espírito? Monsenhor Jonas Abib diz que: “Pobreza de espírito e de coração é não nos pertencermos a nós mesmos. É
o despojar-nos de nós mesmos. É não vivermos para nós mesmos. E por causa
disso, como consequência, nada nos pertence”[iii].
Reforçando a mensagem da primeira leitura, que também destaca que temos que colocar
nossa vida nas mãos de Deus, que com a graça Dele o melhor vai acontecer na
nossa vida. Uma das estrofes diz: “Por
que temer os dias maus e infelizes, quando a malícia dos perversos me circunda?
Por que temer os que confiam nas riquezas e se gloriam na abundância de seus
bens?” Se confiamos em Deus, não temos o que temer. Se algo parece dar
errado, coloque nas mãos Dele, que tudo vai se resolvendo, melhor do que nós
esperávamos. Temos que parar de ser presunçosos e confiar mais em Deus.
No Evangelho de hoje (Mc 9, 38-40) João
conta a Jesus que viu um homem expulsar demônios em nome de Cristo, e que os
discípulos proibiram-no de continuar, pois ele não os seguia. Jesus diz a eles
que deveriam deixar, pois ninguém faz milagres em Seu nome para depois falar
mal. “Quem não é contra nós é a nosso
favor” (Mc 9,40). Ou seja: não cabe a nós julgarmos quem é ou não de
Cristo. Cabe a cada um de nós procurar viver sua vida da melhor forma possível,
com a humildade de espírito que cantamos no salmo de hoje, que nossa vida vai
ser espelho de Cristo para o mundo.
Uma semana abençoada a todos, e Salve
Maria Imaculada!
Caroline
Azevedo – Minions Catolicos 1.0
[iii] Monsenhor
Jonas Abib. O que é a pobreza de
espírito? Disponível em: https://padrejonas.cancaonova.com/mensagem-do-dia/o-que-e-a-pobreza-de-espirito/
acesso: 20 mai 2018.
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