Evangelho (Mc 9,38-40)



Olá! A paz de Jesus e o amor de Maria estejam contigo! Tudo bem? Na liturgia essa semana estamos recomeçando o Tempo Comum. Recomeçando, pois “O Tempo Comum começa na segunda-feira que segue ao domingo depois do dia 6 de janeiro e se estende até a terça-feira antes da Quaresma inclusive; recomeça na segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º domingo do Advento” (grifos meus).[i] Nesse período, que corresponde a trinta e três ou trinta e quatro semanas, “não se celebra nenhum aspecto especial do mistério do Cristo, comemora-se nelas o próprio mistério de Cristo em sua plenitude” (grifos meus).[ii] Agora que entendemos o tempo que estamos, vamos refletir sobre a liturgia de hoje?
Na Primeira Leitura (Tg 4,13-17) Tiago nos diz que não sejamos presunçosos de fazermos planos para o futuro sem contar com a misericórdia divina. Precisamos entregar nossa vida, nossos planos nas mãos de Deus, pois a Ele cabem todas as coisas futuras. Deixamos para ir para a Igreja depois, para confessar depois, para fazer uma obra de caridade depois... mas como diz a música Verdades do Tempo, do Thiago Brado: “Passado não volta, futuro não temos e o hoje não acabou/ Por isso ame mais, abrace mais/ Pois não sabemos quanto tempo temos pra respirar/ Fale mais, ouça mais/ Vale a pena lembrar que a vida é curta demais”.
Hoje é o dia que temos para fazer a diferença na nossa vida. O passado não volta mais, o que está feito, não podemos mudar, mas o que acontece daqui pra frente é o que podemos fazer diferente. Como o próprio Cristo disse: “Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal (Mt 6, 33-34).
O salmo de hoje (Sl 48) tem como resposta: “Felizes os humildes de espírito porque deles é o Reino dos Céus!” Esta frase nos remete às Bem-Aventuranças, quando Jesus diz: “Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus!” (Mt 5,3). A primeira pergunta que podemos nos fazer é: O que é ser humilde de espírito? Ser pobre de espírito? Monsenhor Jonas Abib diz que: “Pobreza de espírito e de coração é não nos pertencermos a nós mesmos. É o despojar-nos de nós mesmos. É não vivermos para nós mesmos. E por causa disso, como consequência, nada nos pertence[iii]. Reforçando a mensagem da primeira leitura, que também destaca que temos que colocar nossa vida nas mãos de Deus, que com a graça Dele o melhor vai acontecer na nossa vida. Uma das estrofes diz: “Por que temer os dias maus e infelizes, quando a malícia dos perversos me circunda? Por que temer os que confiam nas riquezas e se gloriam na abundância de seus bens?” Se confiamos em Deus, não temos o que temer. Se algo parece dar errado, coloque nas mãos Dele, que tudo vai se resolvendo, melhor do que nós esperávamos. Temos que parar de ser presunçosos e confiar mais em Deus.
No Evangelho de hoje (Mc 9, 38-40) João conta a Jesus que viu um homem expulsar demônios em nome de Cristo, e que os discípulos proibiram-no de continuar, pois ele não os seguia. Jesus diz a eles que deveriam deixar, pois ninguém faz milagres em Seu nome para depois falar mal. “Quem não é contra nós é a nosso favor” (Mc 9,40). Ou seja: não cabe a nós julgarmos quem é ou não de Cristo. Cabe a cada um de nós procurar viver sua vida da melhor forma possível, com a humildade de espírito que cantamos no salmo de hoje, que nossa vida vai ser espelho de Cristo para o mundo.
Uma semana abençoada a todos, e Salve Maria Imaculada!
Caroline Azevedo – Minions Catolicos 1.0


[i] Normas Universais do Ano Litúrgico e Calendário Romano Geral (NALC) 44
[ii] NALC 43
[iii] Monsenhor Jonas Abib. O que é a pobreza de espírito? Disponível em: https://padrejonas.cancaonova.com/mensagem-do-dia/o-que-e-a-pobreza-de-espirito/ acesso: 20 mai 2018.


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