Partilha pessoal com Maria!

“Mi querida Madre María, creo que soy más feliz que tú, porque yo te tengo como Madre!” (Santa Teresita del Niño Jesús)


Olá, meus queridos amigos!! Como estão? Espero que tudo esteja na Santa Paz de Deus!
Hoje, vim aqui contar para vocês sobre a minha vivência com Maria. Meus olhos enchem de lágrimas por saber que minha querida mãe esteve presente em todos os momentos de minha vida, dos mais alegres aos mais tristes.
Já digo que será difícil contar sobre todos os milagres que foram feitos em minha vida por suas mãos, por isso, ficarei devendo alguns. Já adianto também que para mim será uma mistura de sorrisos e lágrimas. Começarei contando como se deu minha devoção a ela.
“Eu era pequena, nem me lembro, só lembro que à noite ao pé da cama, juntava a mãozinha e rezava apressada, mas rezava como alguém que ama”, essa música de Pe. Zezinho me marca muito até hoje, impossível ouvi-la e não lembrar de minha infância com Maria. Tudo começou quando eu era bem pequenina, passava os fins de semana na casa de minha avó materna, ela era devota árdua de Nossa Senhora, rezava o terço todos os dias. Era de costume, à noite, sentarmos na área de lazer em sua casa, ela nos contava histórias e mais historias, até que ela se levantava apressada, ia para seu quarto e ficava rezando seu terço. Eu era uma menina sapeca e sempre ia atrás de minha avó, ficava sentada ao seu lado, ela me dava um terço e me ensinava a rezar. Era assim sempre, eu não sabia rezar as ave-marias, mas ouvia uma a uma atentamente.
Minha avó dizia que rezava o terço todo dia para que pudesse entregar rosas à mãe de Jesus. Naquela época eu não entendia muito bem, mas já tinha um carinho enorme pela mãe de Jesus. Eu fui crescendo em estatura e fé, como me mudei para uma casa de frente para a casa de minha avó, isso aos 8 anos, comecei a rezar o terço com ela todos os dias. Sempre dava uma desculpinha para minha mãe e lá estava eu, ao ladinho de minha avó rezando o Santo terço.
Cresci, aos 12 anos fiz minha primeira Eucaristia e logo entrei para a Pastoral de Acólitos e coroinhas, foi nessa época que minha vivência com a Virgem Maria começou a ser mais forte. Eu cresci indo à Paróquia Nossa Senhora de Fátima, tínhamos um carinho grande pela paróquia, mas a intimidade com a Virgem de Fátima começou aí. Na minha paróquia tinha uma faixa bem ao alto do presbitério escrito: “Rezem o terço”. Eu sempre pensava: “mal sabem eles que eu já rezo o terço todo dia e nem preciso de faixa para me lembrar, minha avó sabe fazer isso muito bem.”
Eu fui crescendo, continuei rezando o terço com minha avó, até que chegou o dia do milagre que me marcaria. Eu tinha 14 anos e comecei a sentir forte dores em minha barriga, era semana santa, estava na via-sacra. Meus pais me levaram para o hospital e resultado: Apêndice inflamado. O médico pediu para que me levassem o mais rápido possível para a mesa cirúrgica, disse que a cirurgia levaria apenas 40 minutos, mal sabíamos que ele estava enganado. Eu estava com muito medo de morrer, tinha apenas 14 anos e uma vida para viver. Pedia para a Virgem Maria me embalar em seu colo e me cobrir com seu manto. Acho que nunca tinha feito uma oração tão sincera e com o coração, muitas vezes o terço era repetitivo e eu me perdia, mas naquele dia senti que Maria estava me protegendo.
Na mesa de cirurgia acabei dormindo, ao acordar vi que já havia passado 2 horas do início da cirurgia, comecei a chorar e perguntei se estava tudo bem. O médico foi claro comigo e disse que no meio da cirurgia um cisto no meu ovário havia estourado e dado hemorragia. Fiquei muito nervosa, não sabia o que era isso, nem sabia que eu, aos 14 anos poderia ter isso. Não sabia de nada. Cheguei ao quarto chorando, minha mãe estava nervosa e preocupada. Depois, em conversa com o médico, ele explicou tudo para minha mãe, disse que na cirurgia eu havia perdido metade do meu ovário esquerdo e que deveria começar a tomar anticoncepcional o mais rápido possível, disse também que mandaria aquele cisto para análise porque conforme fosse, teria que fazer a retirada de todo o meu ovário.
Eu chorava tanto e dizia para minha mãe que meu maior sonho era ser mãe, como poderia ser mãe sem meus ovários? Minha mãe chorava comigo e rezava. Naquele mês fomos em Aparecida do Norte, minha mãe entregou minha vida nas mãos de Maria e deixou todas as minhas receitas na sala dos milagres, minha mãe tinha a certeza que Maria faria um milagre em minha vida.
Passaram 40 dias, voltamos ao médico e, ao analisar todos os meus exames, verificou que meu ovário estava intacto, já não tinha mais nada. Passei com outro médico e ele disse que realmente, eu tinha ovário policístico, mas que era impossível o cisto ter dado hemorragia, porque segundo ele, se isso de fato tivesse ocorrido, eu teria que ter feito a retirada do ovário, mas meu ovário estava lá sem marcas, totalmente inteiro. Temos a certeza que Maria me embalou em seu colo, me cobriu com seu manto.
Assim, comecei a ser mais amiga de Maria. Comecei a me espelhar mais nela. A entregar minha vida em suas mãos e a caminhar mais a seu lado. Um dia, aos 17 anos, chegando em casa descobri que meu pai havia sido demitido do trabalho. Apenas meu pai trabalhava nessa época, eu e minha mãe também estávamos sem trabalho. Minha mãe chorava e se perguntava: “Como viveremos sem dinheiro, meu Deus?”
Naquele dia rezei em silêncio e fui ao grupo de oração em minha paróquia, chegando lá, a imagem de Nossa Senhora de Fátima foi sorteada para passar uma semana em minha casa, o pregador do grupo disse assim: “Maria quer te visitar, Letícia, com ela vai algumas graças para você e sua família”. Na mesma semana todos nós encontramos emprego. Temos a certeza que Maria nos deu mais essa graça.
Para finalizar, contarei a parte mais triste da minha vida, mas a parte mais bonita também porque Maria esteve mais presente e com um cuidado maior em minha vida. Minha avó, que tanto me ensinou sobre fé, amor e cuidado. Aquela que tanto me ensinou a amar Maria se adoentou. Minha avó que era tão cheia de vida, caiu em uma cama e foi piorando ao passar dos dias. Foram 9 meses de angústia, medo e tristeza. Minha avó estava com câncer e chegou muito rápido à fase terminal. No dia 6 de junho de 2016, os médicos chamaram os familiares e disseram que minha avó não passaria daquela semana. Foi a notícia mais triste de toda a minha vida, nada parecia ter sentido ou cor. No mesmo dia, fui em um grupo de oração que se chama “Gerados por Maria”, ao chegar recebemos um cartão com um número atrás. Durante o grupo rezei muito pela minha avó e para que Deus fizesse o melhor para ela. No fim, ao sortearem o número, o meu foi o sorteado. A imagem de Nossa Senhora de Fátima ficaria comigo durante uma semana e eles ainda viriam em minha casa para rezarem o terço com minha família.
No terço, entregamos minha avó e toda a família. No dia 9 de junho, minha avó se foi para Deus. Eu chorava e era como se uma faca tivesse rasgado todo o meu peito, mas Maria estava ali, presente em minha casa. Ela me deu forças para enfrentar aquele desafio, me deu ânimo para seguir e me mostrou que estava comigo mesmo quando tudo desabava.
Nos dias de hoje, minha amizade com Maria, em especial com a Virgem de Fátima é enorme, nada se compara ao amor que tenho por ela. Durante o tríduo desse ano, que foi de 10 a 12 de maio, fiz dois pedidos em especiais e eu sei, com toda a fé e toda a certeza do mundo, que serei surpreendida porque Maria não nos deixa sem respostas. Prometo voltar e contar para vocês os milagres que Maria ainda fará em minha vida.
Um grande abraço,
Contei todas essas histórias para que pudesse lhes dizer: nunca, nunca se distanciem do amor de Maria!
Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito; exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque olhou para sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo. Sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem. Manifestou o poder do seu braço: 
desconcertou os corações dos soberbos. Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes. Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e sua posteridade, para sempre.”
(Lc 1, 46-55)

(Letícia Reis – Minions Catolicos)

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