Boa tarde, bom dia ou boa
noite, minhas queridas amigas e queridos amigos (caso os amigos leiam também). Há
duas semana falei com você sobre a espera do José e o que fazer até que ele
venha. Foi um texto com uma repercussão enorme e muita gente gostou e se identificou,
mas aí eis que surgiu uma dúvida: como sei que ele é ele?
Então, é simples: A gente
sabe. A gente sempre sabe. Vocês irão me perguntar: sabe? Como? Então, vamos lá!
Meninas, pelo amor de
Deus. Esqueçam essa história que Deus escolhe alguém para colocar ao nosso lado
e que a vontade Dele é que estejamos ao lado do fulano. Por quê? Um dia ouvi uma
frase e essa frase marcou muito em mim. Diz assim: “Deus só faz aquilo que nós não podemos fazer”, e é verdade. O José
vai ser de quem? Quem vai namorar o José? Quem deverá, então, escolher o José?
Você, criatura! Não coloque essa tarefa na mão de Des não, porque isso não cabe
a Ele, nem a Santo Antônio e muito menos ao coitado de São Judas Tadeu ou sei
lá para qual santo você anda apelando, mas isso cabe a você, exclusivamente a
você.
Deus, em sua infinita
bondade permite que algumas pessoas se encontrem conosco ao longo da vida, cabe
a nós decidirmos se queremos que essas fiquem ou não em nossa vida. Você,
certamente possui um melhor amigo ou uma melhor amiga, certo? Para que vocês
pudessem se tornar amigos, vocês precisaram aceitar um ao outro não foi? É
assim com nosso José. A gente conhece, se aproxima, aceita uma amizade e depois
cabe a nós decidirmos se vamos ou não querer um namoro.
A verdade é que as
pessoas não querem assumir a culpa do “não” ou do “sim” e acabam jogando em
cima de Deus. Se elas dizem sim e logo depois desistem do namoro por algum
motivo, reparem! A culpa nunca é delas, mas sim de Deus. Logo dizem: “ele não
era o que Deus queria para mim, eu deveria ter visto isso antes”. A verdade é,
sabemos se o outro é ou não para nós porque isso cabe a nós decidirmos. O amor
é decisão, se eu decido que o outro é o melhor para mim, então ele é o melhor
para mim e eu não vou querer nada mais que isso.
Eu gosto muito quando meu
namorado conta a nossa história para os outros, porque toda história tem os
dois lados, né? Eu conto a história pelo meu olhar e ele conta pelo olhar dele.
Ele sempre diz que ao me conhecer não via em mim alguém para estar ao lado dele
como esposa. Diz ele que não me via assim. Depois de alguns meses, ele disse
que começou a me olhar de outro jeito e viu que na verdade eu era diferente de
todas as outras e que eu tinha as características que ele procurava em alguém.
Foi aí que nosso relacionamento começou. Ao ouvir essa história, eu tenho a
certeza que o amor é decisão, ele decidiu me amar. Ele decidiu dar uma chance e
estamos juntos há 1 ano e meio.
Já eu, sempre via nele
uma pessoa para estar ao meu lado. Desde o primeiro momento vi que ele seria a
melhor pessoa para compartilhar minha vida. Eu disse sim desde o primeiro
momento. Um relacionamento é isso: os dois precisam dizer sim.
Darei agora algumas dicas
que precisamos seguir para estarmos dispostos a dizer sim e aceitar o outro em
nossa vida.
1.
É
preciso saber se o outro possui as características que procuramos em alguém: precisamos
ver se o outro encaixa naquilo que desejamos e esperamos para nós. Não adianta
você querer um José que vá a Igreja com você, mas começar a namorar um que seja
protestante.
2.
É
preciso ver se os sonhos e ideais do outro coincidem com o meu:
precisamos ver se o outro possui os mesmos objetivos de vida. Você quer ter
muitos filhos, mas ele não gosta de crianças. E agora? Vai valer a pena?
3.
Ele
me apoia e me enaltece? O amor nos apoia e sempre nos
engrandece, jamais nos deixa tristes e cabisbaixos. Se ele só coloca defeitos nos
seus sonhos e te coloca para baixo, tem algo errado.
4.
Ele
é meu amigo, trabalhador e parece ter as qualidades de um bom pai?
Não adianta ter um namorado e não ter um amigo. O namoro é isso, ser amigo um
do outro. Se ele não gostar de trabalhar e não ter as qualidades de um bom pai,
foge.
5.
Serei
capaz de viver com os defeitos dele? Mesmo que o moço se
encaixe em todas as opções acima, ele terá alguns defeitinhos. Assim como você
também tem. Serei capaz de aceitar esses defeitos? Serei capaz de ser paciente
ao ponto de não me estressar por conta desses defeitos?
Precisamos também ter em
mente que ninguém é igual a ninguém. Em um relacionamento vive duas pessoas completamente
diferentes, cada qual criada a seu jeito, com sonhos e objetivos que podem ser
diferentes do seu, com qualidades e defeitos diferente dos seus. Os opostos não
se atraem os opostos se completam. Ele pode ser diferente de você em muitos
pontos. Você pode gostar de comer carne, mas ele é vegetariano. Você pode
gostar de acordar as 6 da matina, mas ele não. Você pode gostar de ir às missas
19:00, mas ele gosta de ir na das 7:00. Você pode ser de humanas e ele de biológicas,
entre muitas outras coisas diferentes, mas se um estiver disposto a apoiar e
sonhar os sonhos do outro tudo poderá dar certo. O amor é isso: decisão. Posso
decidir por não querer, mas eu quero. Posso decidir por escolher outra pessoa,
mas decido escolhe-lo. Posso decidir por ir, mas decido por ficar. Posso
decidir por ser feliz sozinha, mas decido ser feliz com ele.
Deus em sua infinita
bondade não quis que fossemos sozinhos. Na criação do mundo, Adão procurou em
todas as espécies alguém para estar ao seu lado e não encontrou, só aí Deus fez
a mulher de sua costela. E, Adão exclamou: esta é agora ossos dos meus ossos e
carne da minha carne. (Genesis 2)
Adão também teve a
oportunidade de escolher quem ficaria ao seu lado. Nós também temos a mesma
oportunidade. Quando vamos procurar uma roupa, a roupa cai do céu para que
possamos comprar? Não. Precisamos procurar até achar. Precisamos achar uma que
sirva, que seja do nosso tamanho. Um namorado é assim também, ele precisa se
encaixar em nós. O namoro é um quebra-cabeças que não aceita peças iguais, por
isso não espere por um companheiro idêntico a você, mas espere e procure por
alguém que se encaixe nos seus sonhos, objetivos e na sua vida.
O Catecismo da Igreja
Católica nos diz que o namoro é o momento propício para o conhecimento mútuo.
Por isso, se conheçam. Se aprofundem nesse conhecimento. Veja o que o outro te
acrescenta. Você se tornou uma pessoa melhor ou pior depois dele? Ele te deixa
mais perto de Deus ou você se afastou depois de conhece-lo? Como está sendo a
convivência familiar de vocês? Quais os sonhos e objetivos que vocês possuem?
Para finalizar: Deus não
escolhe José e Maria para ninguém. Ele permite que a pessoa adentre em nossa
vida e assim, possamos decidir se queremos ou não. Foi assim também com Maria e
José, pais de Jesus. Eles poderiam ter dito não, mas disseram sim. Lembrem-se
sempre: O amor é decisão.
Fiquem na Santa Paz de
Deus e um grande abraço!
(Letícia
Reis – Minions Católicos)
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