Olá, querido irmão! Está chegando o dia
dos namorados, dia este em que as redes sociais estarão cheias de declarações
de amor, e dos(as) solteiros(as) reclamando que não tem o que comemorar neste
dia, não é mesmo? Esse texto é para ajudar a você que está solteiro(a) a se
preparar para viver um bom namoro e um bom matrimônio quando vier. Também é
para você que está namorando e pensando já no futuro casamento. Alguns dias
atrás, a Naiara disse no texto dela aqui no blog [1] que a finalidade do namoro
é a preparação para o casamento (Se ainda não leu, dá uma olhadinha lá!).
Parte da preparação para fazer uma prova
importante, como o ENEM, vestibular ou concurso público, é conhecer o tipo de
prova e saber como a prova é estruturada. Estudar para uma prova pode não nos
preparar para todas as situações, mas esta preparação, pode fornecer mais
ferramentas que ajudem a resolução daquela questão. Da mesma forma acontece com
o sacramento do Matrimônio, para nos prepararmos de forma adequada, devemos
entender o que é e qual o compromisso os noivos assumem neste momento.
Primeiro, o que a Igreja diz sobre este
Sacramento? No Catecismo da Igreja Católica (CIC) está escrito que “A aliança matrimonial, pela qual o homem e
a mulher constituem entre si a comunhão da vida toda, é ordenada, por
sua índole natural, ao bem dos cônjuges, à geração e à educação da prole, e foi
elevada, entre os batizados, à dignidade de sacramento por Cristo Senhor.”
[2]. Hoje vivemos em um mundo que tudo é descartável, produtos eletrônicos são
projetados para durar um tempo limitado. As relações humanas também estão
passando por esse processo de descartabilidade (acho que acabei de inventar
essa palavra, haha). As pessoas não querem “ter trabalho” para manter um
relacionamento. Começou a “dar problema”, tchau! E o sentido do matrimônio vai
na contramão desta linha de raciocínio, pois constitui uma união para o resto
da vida.
Percebam que devemos ter MUITO CUIDADO
ao escolher nosso esposo(a), pois é com ele(a) que viveremos esta “comunhão da vida toda”. Você já parou para
pensar no quão séria é essa escolha? Se não, este é o momento. Nenhum ser
humano é igual ao outro, mas para alguém que vai passar A VIDA TODA com você,
vale a pena checar alguns pontos de concordância, né? Gary Chapman aponta alguns
critérios nos quais deve haver unidade para que um relacionamento dê certo [3].
São coisas a serem observadas já durante o namoro:
Unidade intelectual: Vocês gostam de
ler? De assistir televisão? Nem todos os gostos serão iguais, mas vocês possuem
interesses que os unem? Existem coisas sobre as quais vocês possam conversar?
Unidade social: Vocês gostam de fazer as
mesmas coisas? Os dois gostam de sair? Os dois gostam de passar o fim de semana
assistindo Netflix? Você está disposto(a) a apreciar as coisas que seu
companheiro gosta? Ele(a) está disposto(a) a participar de coisas que você
gosta? E a personalidade de vocês é parecida? É diferente?
Unidade emocional: Você se sente amado(a),
respeitado(a) e apreciado(a)? Sentir-se amado(a) é sentir que o seu José ou a
sua Maria realmente se importa com o seu bem-estar. Sentir-se respeitado(a) é o
sentimento de que o outro considera positivamente a sua pessoa, seu intelecto,
habilidades e personalidade. Por fim, apreciação é o sentimento íntimo de que
seu parceiro(a) valoriza a sua contribuição para o relacionamento. E você
procura retribuir tais sentimentos?
Unidade espiritual: Não é simplesmente
ser os dois católicos e tudo certo. Esta unidade depende também de como vocês
vivem a fé de vocês? Rezam juntos? Vão à Santa Missa juntos? Participam de
outros momentos na Igreja juntos?
Unidade física: Essa, talvez seja a mais
fácil, pois se vocês se atraem fisicamente, provavelmente estão no caminho
certo para a unidade física. Porém, esta também está ligada à unidade nas
demais áreas citadas.
Observados estes aspectos e outros mais
que você julgar importante, quais características você acha que são
FUNDAMENTAIS para o seu José ou sua Maria? Faça uma lista, se possível,
escreva, num papel, no aplicativo de notas do celular, onde puder. Consagre
esta lista a Deus e peça que Ele te guie até a pessoa que se enquadre na sua
lista. Se você estiver namorando, verifique se seu namorado(a) se enquadra na
sua lista. Se houver algo que vocês possam mudar, atitudes, opiniões, conversem
sobre, sejam honestos um com o outro. Se for solteiro(a), joelho no chão, e
vamos rezar pelo José ou a Maria que está vindo a passo de tartaruga! Nos
apaixonemos pelo nosso(a) futuro(a) esposo(a) como Tobias: “Quando Tobias ouviu o que Rafael lhe dizia, e soube que a moça era
parente sua, da mesma família de seu pai, ficou tão enamorado que seu coração
não conseguia separar-se dela.” (Tb 6, 19)
Estávamos conversando sobre
relacionamentos no grupo do WhatsApp do blog alguns dias atrás, e o pessoal
comentou sobre um livro chamado Glorioso Encontro (que eu não achei para
comprar aqui na minha cidade e ler antes de escrever este texto, mas li
testemunhos incríveis sobre na internet, lerei e já indico antes de ler! haha).
Assim como eu sugeri, o livro também sugere que se faça uma lista com as
características que você deseja para o seu José ou a sua Maria. A Amanda, do
blog, mandou esse testemunho no grupo, que eu pedi para compartilhar aqui no
blog também:
“Namorei
com um mesmo cidadão não por 2 ou 4 anos, mas por 7 anos, e quando alguém
falava alguma coisa de casamento me dava medo, não tinha certeza se eu
realmente queria. Foi um namoro com mais erros do que acertos... Nem eu, nem
ele tínhamos a maturidade necessária. Quando eu fiz a minha lista, como sugere
o livro, percebi que o rapaz que eu namorava não tinha nenhuma das
características que eu gostaria no meu José... E o principal: esse namoro não
nos deixava mais próximos de Deus. Resumindo: Deus sabe o melhor momento para
que o José chegue a nossa vida... O negócio é aguardar com fé de que Ele está
preparando o melhor.”
E ela sabe do que está falando, pois
hoje ela está noiva, e segundo ela mesma, o noivo dela é a personificação da
lista que ela fez. Então vamos seguir o conselho dela e ter fé que vale a pena.
Já que não tenho como testemunhar, pois
ainda não conheci o meu José, pedi para minhas amigas já casadas contarem um
pouquinho da história e do relacionamento deles. O primeiro é da Izabelly, minha
amiga e vizinha. Ela é casada com o Rogério e moram aqui na rua da minha casa.
“Tinha
15 anos quando percebi que não estava caminhando conforme a vontade de Deus,
mesmo participando das "coisas da igreja" percebi que algumas
atitudes, não só me afastavam de Deus como causavam feridas em mim. Cansada
disso e determinada a mudar tive uma conversa linda e intensa com Deus. Orei
com todo o meu coração e pedi que o Senhor me ajudasse a ser uma pessoa melhor
e que colocasse em meu caminho uma pessoa que me aproximasse de Deus. Como era
uma conversa íntima tomei a liberdade de mostrar a Deus como eu esperava que
essa pessoa fosse (mesmo sabendo de que os planos de Deus eram maiores os meu
eu precisava fazer minha parte e pedir não é mesmo?). Coloquei naquela oração
todas as características físicas, emocionais, os valores, tudo o que eu
esperava encontrar em alguém para compartilhar a vida. Segui a vida disposta a
mudar minhas atitudes, pouco tempo depois Deus colocou em minha frente o meu
José ah como Deus é perfeito, caprichou nos detalhes. Meu José foi um divisor
de águas, como mudei depois daquele dia. 07.09.07 foi o início de uma nova
jornada, o dia que nos conhecemos e um caminho percorrido a três Deus, meu José
e eu. Em 18.04.09, depois de um ano e sete meses juntos nos unimos pelo
sacramento do matrimônio e em 11.08.16
nosso amor multiplicou, ganhou forma e se chama Gabriely, nossa bênção,
nosso milagre. É necessário orar esperar confiar em Deus e agir conforme a
vontade de Dele para que no momento certo Ele apresente a pessoa que te levará
para próximo de Deus. Pois o amor quando vem de Deus é isso, é alguém que te
ajude a construir um caminho para o céu.”
Também pedi pra Camilla, minha prima (e
amiga desde antes de virar prima!), partilhar também um pouquinho da história
dela com o Bruno.
“Sempre
quis um José que fosse temente a Deus e que me acompanhasse na missão (cantar).
Não exigia cor, estatura, idade, muito menos bens materiais. Não deu muito
tempo de pensar em rezar por um amor, nem idealizar muito, porque eu era muito
nova e o interesse partiu dele (que era meu grande amigo). Quando percebi, a
amizade já tinha se transformado em amor, ou já era amor e eu não sabia hahaha.
Como eu tinha sofrido muito no relacionamento anterior tive muita cautela pra
não me enganar com qualquer Dom Ruan. Observava cada detalhe do nosso
relacionamento pra não me ferir e muito menos ferir ele, afinal de contas,
antes de namorado, ele era meu melhor amigo. Percebi que ele era meu José
quando vi que tínhamos os mesmos objetivos (casar, ter filhos, viver pra Deus e
a família) e que nas diferenças nós também nos amávamos. Fomos provados, como
todos os casais e o tempo de namoro e noivado nos deu a certeza de que Deus nos
queria juntos! Hoje somos duas pessoas imperfeitas, que formam um casal
imperfeito e vive por Aquele que é Perfeito. Buscamos a santidade do nosso
matrimônio no dia a dia, abençoamos um ao outro todos os dias e cultivamos um
amor que já não é mais como no namoro, pois está maior a cada dia, sendo regado
pela fé, pelo carinho e respeito. Desse amor germinou nosso filho que é sinal
do amor de Deus por nós!
Lembrem-se que Deus nos ama, e que Ele
está cuidando dos nossos sonhos. Sejamos fiéis a Ele enquanto esperamos o
encontro glorioso com aquela pessoa que Deus escolheu para nós! Fiquem na paz
do Senhor!
Camila Azevedo –
Minions Catolicos 1.0
__________________________
Referências
Bibliográficas
1
FREITAS, Naiara.
Minions Católicos 1.0. O amor existe para... 2018. Disponível em:
<https://blogminionscatolicos.blogspot.com/2018/06/o-namoro-existe-para.html>.
Acesso em: 04.jun.2018.
2
CIC 1601
3
CHAPMAN, Gary.
As cinco linguagens do Amor para Solteiros. 1ª edição. Mundo Cristão. 2005.
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