Evangelho de Marcos 6,1-6


O ato mais específico da fortaleza, mais do que atacar, é aguentar, isto é, manter-se imóvel em face do perigo [i]

Olá amados, que a paz de nosso senhor Jesus Cristo, o Verbo encarnado no mundo, o amor de Deus para com todos, e a intercessão de nossa senhora esteja no coração de cada um de nós!
            Nós em algum momento da caminhada, ouvimos dizer que somos chamados a sermos reis, sacerdotes e profetas, e com a liturgia deste domingo, poderemos entender mais sobre os profetas, para “Que a paixão de Cristo esteja sempre esculpida na tua mente e no teu coração” [ii].
            A leitura desta 11° semana do tempo comum, aborda um ensinamento de Cristo, envolvendo os profetas, “Um profeta só é desprezado na sua pátria, entre os seus parentes e na sua própria casa” [iii].
            A primeira leitura, do livro de Ezequiel, nos fala sobre uma revelação: “Filho do homem, dizia-me, envio-te aos israelitas, a essa nação de rebeldes, revoltada contra mim, a qual, do mesmo modo que seus pais, vem pecando contra mim até este dia.” [iv], e há nessa leitura um dos pontos dessa nossa liturgia: “hão de ficar sabendo que há um profeta no meio deles!” [v]
            O salmo é um pedido ao senhor, “Tende piedade, ó Senhor, tende piedade; já é demais esse desprezo!” [vi], temos neste salmo, um dos exemplos que devemos seguir, pois entramos numa situação difícil quando “Deus está entre nós e nos chama; mas nós insistimos em não responder e em não vê-Lo, porque preferimos ficar absortos em nossos próprios interesses” [vii]
            A segunda leitura, da segunda carta de são Paulo aos Coríntios, na qual ele nos fala sobre sua situação como anunciador: “para que a grandeza das revelações não me levasse ao orgulho, foi-me dado um espinho na carne, um anjo de Satanás para me esbofetear e me livrar do perigo da vaidade” [viii]
            Há nesta segunda leitura ainda, um dos trechos que especialmente merecem nossa atenção: “Eis por que sinto alegria nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições, no profundo desgosto sofrido por amor de Cristo. Porque quando me sinto fraco, então é que sou forte.” [ix], é das nossas fraquezas, que podemos, na responsabilidade de reis, ou sacerdotes ou profetas, que tiraremos a nossa força.
            O evangelho, nos conta sobre um ensinamento de Cristo sobre os profetas, e ainda sim, nos mostra que mesmo em sua pátria, realiza curas: “Não pôde fazer ali milagre algum. Curou apenas alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos” [x], logo, para não gerar mais desconfiança entre os de sua pátria, realizava as curas necessárias.       
            Que nós, que acreditamos em Deus, enquanto esperamos sua vinda gloriosa, possamos crer e exaltar o Cristo que morreu por nós, agradecer suas ações como nos salmos, estudar suas palavras e viver seus exemplos, pois somente desta forma, poderemos alcançar o reino dos céus que observamos nesta liturgia.

            Natan Ribeiro – Minions Católicos 1.0

[iii] Marcos 6:4
[iv] Ezequiel 2:3
[v] Ezequiel 2:5
[vi] Salmo - 122/123
[viii] 2 Coríntios 12:7
[ix] 2 Coríntios 12:10
[x] Marcos 6:5

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