Anúncio do Evangelho (Lc 4,21-30)

“Aquele que tem caridade no coração tem sempre qualquer coisa para dar” [i]

Caros amados, que a paz de nosso senhor Jesus Cristo, o Verbo encarnado no mundo, o amor de Deus para com todos, e a intercessão de nossa senhora esteja no coração de cada um de nós!
            “Há pessoas que desejam saber só por saber, e isso é curiosidade; outras, para alcançarem fama, e isso é vaidade; outras, para enriquecerem com a sua ciência, e isso é um negócio torpe; outras, para serem edificadas, e isso é prudência; outras, para edificarem os outros, e isso é caridade” [ii]
            Meus queridos estamos no quarto domingo do tempo comum, onde por meio da liturgia do dia de hoje veremos um pouco mais sobre a caridade que não acabará nunca.
            A primeira leitura tirada do livro do Profeta Jeremias conta que: “Nos dias de Josias, rei de Judá, foi-me dirigida a palavra do Senhor, dizendo: “Antes de formar-te no ventre materno, eu te conheci; antes de saíres do seio de tua mãe, eu te consagrei e te fiz profeta das nações. Vamos, põe a roupa e o cinto, levanta-te e comunica-lhes tudo que eu te mandar dizer: não tenhas medo, senão, eu te farei tremer na presença deles” [iii]
            O salmo 70 tem como resposta: “Minha boca anunciará todos os dias vossas graças incontáveis, ó Senhor” e fala a Deus dizendo “Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor: que eu não seja envergonhado para sempre! Porque sois justo, defendei-me e libertai-me! Escutai a minha voz, vinde salvar-me!”
            A segunda leitura tirada da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios fala que: “Irmãos: Aspirai aos dons mais elevados. Eu vou ainda mostrar-vos um caminho incomparavelmente superior. Se eu falasse todas as línguas, as dos homens e as dos anjos, mas não tivesse caridade, eu seria como um bronze que soa ou um címbalo que retine. Se eu tivesse o dom da profecia, se conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, se tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, mas se não tivesse caridade, eu não seria nada [...] atualmente permanecem estas três coisas: fé, esperança, caridade. Mas a maior delas é a caridade” [iv].
            O evangelho tirado do livro de São Lucas conta que “Naquele tempo, estando Jesus na sinagoga, começou a dizer: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: “Não é este o filho de José?” Jesus, porém, disse: “Sem dúvida, vós me repetireis o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo. Fazei também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum”. E acrescentou: “Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria [v].
Que nós, que somos amados por Deus possamos crer e exaltar o Cristo, o pão da vida que veio do céu que morreu por nós, agradecer suas ações, estudar suas palavras e viver seus exemplos, pois assim, poderemos alcançar o reino dos céus com a misericórdia divina.

[i] Santo Agostinho
[ii] Santo Agostinho
[iii] Jeremias 1,4-5.17
[iv] 1Cor 12,31-13,1-2.13
[v] Lucas 4,21-24


Natan Ribeiro – Sentinelas do Humor

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